TRF-1 vai reabrir investigação sobre o caso da facada em Bolsonaro
Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 432
O TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região), com sede em Brasília, decidiu reabrir o caso da facada em Bolsonaro para analisar novas pistas da participação de terceiros no crime. A informação é do advogado do presidente da República, Frederick Wasseff. A investigação do crime, cometido por Adélio Bispo em 2018, havia sido arquivada pela Justiça Federal de Minas Gerais em junho.
Apesar do arquivamento, o juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, determinou que as investigações pudessem ser reabertas caso surgissem novas provas ou diligências pendentes fossem autorizadas, como a quebra de sigilo do advogado que se apresentou para fazer a defesa de Adélio após o ataque. A Polícia Federal chegou a pedir autorização para acessar o celular de Zanone Manoel de Oliveira Júnior, o que foi negado por decisão liminar.
“Esgotadas todas as diligências investigativas – à exceção da análise do conteúdo do aparelho de celular do principal advogado de defesa de Adélio Bispo de Oliveira, cuja diligência restou sobrestada por força de decisão liminar proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, acolho a promoção de arquivamento apresentada pelo Ministério Público Federal”, escreveu o magistrado na decisão proferida em 16 de junho.
A decisão pelo arquivamento atendeu a pedido do MPF (Ministério Público Federal). As investigações do órgão concluíram que Adélio concebeu, planejou e executou o atentado sozinho.
Para o MPF, não há indícios de que ele tenha se encontrado com um cúmplice ou recebido dinheiro pela facada. Os investigadores apontaram que ele não mantinha relações pessoais em Juiz de Fora tampouco estabeleceu contatos que pudessem ter exercido influência sobre o atentado. Além disso, ainda segundo a investigação, Adélio não fez ou recebeu ligações telefônicas nem trocou mensagens com algum possível interessado no crime.
O Ministério Público também afirma que, nas contas bancárias de Adélio e de seus familiares investigados, não houve movimentação financeira incompatível com suas atividades trabalhistas ou padrões de vida. Além disso, não foram recebidos valores atípicos ou de origens desconhecidas, o que levou os procuradores a descartarem a hipótese de que o atentado pudesse ter sido encomendado.
Fonte: Paraíba Notícia e R7