Tendinite: inflamação temporária ou crônica pode ser prevenida, veja como
Por Edmilson Pereira - Em 2 anos atrás 767
Uma em cada cem pessoas sofre com tendinite, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A inflamação nos tendões atinge, majoritariamente, punhos, cotovelos, ombros, joelhos e coluna e costuma aparecer como um leve incômodo, que evolui para uma dor forte e pode se irradiar para os músculos ao redor.
As causas são diversas e o tratamento envolve equipe multidisciplinar, com uso de remédios anti-inflamatórios, fisioterapia e mudanças de hábitos.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), as tendinites são condições geralmente temporárias, mas podem se tornar crônicas. A instituição aponta que a causa mais comum é o trauma local ou o esforço repetitivo – o que coloca a tendinite no grupo das Lesões por Esforço Repetitivo (LER). Isso acontece, principalmente, se o paciente tem um condicionamento físico ruim e má postura.
A SBR ressalta que as patologias de caráter musculoesquelético, como é o caso da tendinite, são comuns em todas as idades, “sendo uma das grandes causas de afastamento do trabalho”. Conforme o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a tendinite está entre as 20 razões mais frequentes de afastamento do trabalho.
Em entrevista à imprensa, a presidente da Associação de Fisioterapeutas do Brasil (AFB), Denise Flavio, observa que lesões preexistentes podem se agravar, assim como novas podem surgir, quando escritórios são mal adaptados. Sendo assim, ela enfatiza ser fundamental investir em mobiliário correto e acessórios adequados, como os ergonômicos.
Diagnóstico da tendinite
Para diagnosticar uma tendinite, como destaca a SBR, é preciso fazer um levantamento cuidadoso do histórico do paciente junto ao médico especializado em ortopedia. Alguns exames também podem ser importantes para avaliar a real condição do paciente e prescrever o tratamento adequado e específico para cada caso.
Radiografias, por exemplo, podem ser úteis para descartar anormalidades ósseas, já ressonância e ultrassom auxiliam na identificação do local e do grau da lesão. Pode ser necessário realizar uma aspiração com agulha no local para excluir infecção, como artrite séptica ou, até mesmo, gota.
Tratamento alivia e inibe a dor
O repouso articular, segundo a SBR, é a principal base para o início do tratamento, que busca aliviar e, se possível, inibir a dor. Para isso, é preciso que o paciente se afaste do que originou o problema e de atividades que possam agravar a lesão. Nesse processo, costumam ser prescritos analgésicos simples e medicações anti-inflamatórias não hormonais.
Ao longo do tratamento, pode ser necessário recorrer à imobilização da área afetada por meio de talas, para alguns membros do corpo, e de órteses de imobilização, para mãos e punhos, por exemplo.
Calor úmido e outros métodos de terapia física ajudam a melhorar a dor aguda. A fisioterapia ortopédica é o recurso mais utilizado para o tratamento de tendinites. Com técnicas e equipamentos, é possível executar diferentes procedimentos, massagens e exercícios para fortalecer a musculatura.
A intervenção cirúrgica, de acordo com a SBR, não costuma ser frequente e é indicada apenas para casos raros e avançados, e quando o tratamento conservador não apresenta efeitos satisfatórios.
Prevenção é aliada
Para prevenir a tendinite, é importante fazer exercícios físicos regulares, que mantenham os músculos fortes e flexíveis, com acompanhamento e instruções adequadas. Além disso, é importante apostar em uma alimentação diária saudável.
Fazer um aquecimento prévio antes das atividades e manter a postura também são atitudes essenciais. Para quem precisa ficar muitas horas na mesma posição, a dica é fazer pequenos intervalos com caminhadas curtas e alongamentos.
Caso a pessoa já tenha sido acometida pela tendinite, a reabilitação física, orientada por profissionais capacitados, ajuda a prevenir a reincidência de episódios dolorosos.
Fonte: Paraíba Notícia e Experta Mídia