Suspeito de participar de estupro de crianças no colégio GEO-Tambaú é preso e recolhido a Central de Polícia

Em 6 anos atrás 1953

O zelador suspeito de estuprar crianças no banheiro do colégio GEO, unidade do bairro de Tambaú, em João Pessoa , foi preso nesta sexta-feira (15), por decisão da Justiça, a pedido da Polícia Civil. Três adolescentes também suspeitos de envolvimento estão apreendidos desde segunda-feira (11). O Ministério Público da Paraíba já havia solicitado a prisão preventiva do ex-funcionário do colégio, no entanto, o requerimento foi negado duas vezes. O ex-zelador está recolhido na Central de Polícia Civil do Governo da Paraíba, no bairro Ernesto Geisel.

O advogado Abraão Beltrão, que atua na defesa do ex-funcionário do GEO, informou que a decisão da Justiça foi uma surpresa, uma vez que nenhum fato novo, segundo ele, foi acrescentado ao processo. Além disso, afirmou que irá entrar com um pedido de habeas corpus.

A delegada Joana D’Arc Sampaio, que investiga o caso, informou que a decisão da Justiça atendeu a um pedido feito por ela. O homem foi preso em casa, no bairro Alto do Mateus,  e, conforme a delegada, não resistiu à ação da polícia.

A delegada Joana D’arc, revelou que o ex-zelador do colégio GEO – afastado em 2018, após as denúncias – não apenas participava ativamente de alguns abusos, mas em outros dava cobertura e observava o ato.

O caso

De acordo com a delegada Joana D’arc Sampaio, a investigação começou em maio de 2018, com a denúncia da primeira vítima. A segunda vítima foi identificada em dezembro de 2018 e confessou, em depoimento, que também participou dos abusos contra a primeira criança. Os suspeitos foram ouvidos no mesmo ano.

Em nota divulgada na noite da terça-feira (12), o Colégio GEO Tambaú afirmou que “os alunos e o ex-funcionário acusados não têm mais vínculos com a escola desde o ano passado. Apesar de se manter atenta à comunidade escolar, o Colégio reforçou ainda mais seus mecanismos de segurança e orientação, para que episódios dessa natureza nunca mais ocorram”.

Os abusos vieram à tona após a mãe de uma das vítimas receber um aviso da escola que comunicava que o filho dela estava indo com muita frequência ao banheiro. Além disso, a criança também passou a ter um “comportamento agressivo e também choroso”. “Em conversa com a mãe, a vítima contou sobre os abusos e a investigação foi iniciada”, disse a delegada.

Apesar disso, duas famílias das quatro possíveis vítimas dos abusos ainda não tinham sido notificadas a respeito do caso, até a quarta-feira (13). O Ministério Público descobriu a possibilidade de existirem outras duas vítimas a partir de depoimentos de envolvidos.

Fonte: Redação com G1-PB