Sepultado no cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, o corpo do apresentador Silvio Santos

Sepultado no cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, o corpo do apresentador Silvio Santos

Por Edmilson Pereira - Em 1 mês atrás 25

Em uma cerimônia restrita a amigos e familiares, foi enterrado na manhã deste domingo (18) o corpo do apresentador Silvio Santos. Ele morreu às 4h50 desse sábado, 17, em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por H1N1. Silvio Santos estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Familiares e famosos foram vistos chegando na manhã deste domingo ao local da cerimônia de enterro de Silvio Santos, no cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo.

A filha Patrícia Abravanel, o neto Tiago Abravanel e o apresentador Celso Portiolli e César Filho estavam entre eles.

Em frente ao cemitério também havia um grupo de fãs.

O portão do cemitério foi fechado por volta das 7h30 e, na entrada, foi colocada uma placa com a nota enviada pela família após a morte do apresentador.

Embora não fosse um judeu ortodoxo, Silvio tinha o desejo de que sua cerimônia de despedida fosse reservada apenas aos mais próximos, seguindo as tradições do judaísmo. Também era eu desejo que não houvesse velório.

Rituais fúnebres judaicos

A morte de Silvio Santos, ícone da televisão brasileira, despertou curiosidade por conta das tradições judaicas que serão seguidas em seu funeral. Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, esclareceu os detalhes desses rituais em entrevista à CNN.

Segundo a tradição judaica, o enterro deve acontecer rapidamente após o falecimento. O corpo é envolvido em uma mortalha branca, simbolizando igualdade perante a morte, independentemente da posição social do falecido. “No Brasil, ainda fazemos com o caixão por uma questão de exigência sanitária, mas todos são enterrados de forma idêntica e sem qualquer tipo de privilégio”, explicou Claudio.

Após o sepultamento, inicia-se um período de luto chamado Shivá, que dura sete dias. No 30º dia após o falecimento, realiza-se uma visita ao cemitério, conhecida como Shloshim. Aproximadamente um ano depois, ocorre a Matseivá, a inauguração do túmulo definitivo.

Veja nota da família na íntegra:

“Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estejam compartilhando da mesma saudade que nós hoje estamos sentindo. Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer. Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos. Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele amou o Brasil e os brasileiros. Com muito carinho e respeito a todos vocês, Família Abravanel”.

Fonte: Portal CNN Brasil

Foto: © Tomzé Fonseca/Agnews