Regras de transição para quem vai pedir aposentadoria do INSS ficam mais rigorosas; veja o que muda no governo Lula

Regras de transição para quem vai pedir aposentadoria do INSS ficam mais rigorosas; veja o que muda no governo Lula

Por Edmilson Pereira - Em 2 dias atrás 223

Para saber quanto tempo falta e a previsão de quanto vai receber, o trabalhador pode acessar o aplicativo Meu INSS, por meio da conta gov.br e fazer a simulação.

Com a chegada do ano novo, regras de transição para quem vai pedir a aposentadoria do INSS mudaram e ficaram mais rigorosas. O guarda patrimonial José Walter de Paula Jovem tem 64 anos e trabalha de carteira assinada há 35. Ele já deu entrada nos papéis para se aposentar e aguarda a avaliação do INSS.

“Está chegando, falta pouco tempo, três, quatro meses. A gente fica em uma expectativa grande, eu estou ansioso para chegar nesse momento, saber que eu estou aposentado”, diz.

regra geral exige que mulheres se aposentem com idade mínima de 62 anos, e pelo menos 15 anos de contribuição. Para os homens, são 65 anos de idade e 20 de contribuição. Mas para quem, como José, começou a contribuir antes da reforma da Previdência, em novembro de 2019, também valem as regras de transição, que se atualizam todo ano – até 2031.

Em 2025, na categoria que junta tempo de contribuição com idade mínima, passou para 59 anos completos e 30 anos de contribuição para as mulheres, e 64 anos e 35 de contribuição para homens.

O que muda nas regras de aposentadoria em 2025?

Desde que a reforma da Previdência foi aprovada em 2019, parte das regras para se aposentar mudam todo ano para um determinado grupo de contribuintes. Em 2025, não será diferente.

A regra geral exige que mulheres se aposentem com idade mínima de 62 anos, e pelo menos 15 anos de contribuição. Para homens, são 65 anos de idade e 20 de contribuição. Entretanto, quem já contribuía com o INSS antes da aprovação do projeto, em novembro de 2019, enfrenta alterações anuais nas regras para aposentadoria até 2031.

O sistema de pontos também mudou. Ele soma a idade e o tempo de contribuição. Para a mulher, é preciso alcançar 92 pontos. No caso dos homens, são 102.

As outras duas regras, aplicadas a quem estava prestes a se aposentar em 2019, não mudam. São a do pedágio de 50% e a do pedágio de 100%. Elas existem para definir quanto tempo a mais o trabalhador vai precisar contribuir para se aposentar.

Cada regra pode alterar o momento em que o benefício será concedido e o valor que o trabalhador vai receber. Por isso, é importante o contribuinte fazer as contas direitinho e avaliar por qual modalidade vale a pena se aposentar.

“É muito importante para que o trabalhador tenha uma aposentadoria tranquila, que ele faça planejamento previdenciário. Porque hoje, após a reforma da Previdência em 2019, nós temos quatro regras de transição. Então, vai ter várias possibilidades. Ele deve fazer um estudo com especialista para ver qual vai ser o melhor momento da sua aposentadoria”, afirma Líllian Salgado, advogada direito previdenciário.

Para saber quanto tempo falta e a previsão de quanto vai receber, o trabalhador pode acessar o aplicativo Meu INSS, por meio da conta gov.br e fazer a simulação.

“Ele vai trazer uma ideia de quanto tempo você tem e quanto tempo falta. Mas aí no momento em que o segurado formalizar o requerimento também através dos canais remotos – Meu INSS ou central 135 -, ele faz o requerimento da aposentadoria. Nesse momento, o INSS vai checar cada uma das informações, vai analisar o processo como um todo e a partir daí confirmar se o simulador está correto ou eventualmente precisa ser corrigida alguma coisa e eventualmente ter direito ou não ao benefício”, explica Luciomar de Mello, coordenador do programa de educação previdenciária INSS BH.

Fonte: Jornal o Globo