PSDB e DEM dão fôlego a Michel Temer até decisão do STF que deve acontecer nesta quarta
Em 8 anos atrás 933
Enfrentando a crise mais grave de seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB)diz que renunciar seria uma admissão de culpa e desafia seus opositores. “Se quiserem, me derrubem.” Em entrevista a Fábio Zanini, Daniela Lima e Marina Dias, no Palácio da Alvorada, Temer afirma que, ao receber Joesley Batista fora da agenda em sua residência oficial, em março, não sabia que o empresário era alvo de investigações.
O dono da JBS, de forma escondida, gravou a conversa com o presidente e a utilizou para negociar um acordo de delação premiada. “Eu tenho demonstrado com relativo sucesso que o que o empresário fez foi induzir uma conversa”, diz. Questionado sobre eventual culpa, Temer respondeu: “Ingenuidade. Fui ingênuo ao receber uma pessoa naquele momento”. Como a lei determina o registro do encontro na agenda, Temer reconhece que também falhou nesse ponto.
Sobre o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (hoje deputado federal pelo PMDB-PR), flagrado com uma mala de dinheiro, Temer diz que mantinha com ele “relação institucional”. Sem aprovar a atitude do ex-auxiliar, o presidente defendeu seu caráter. “Ele é de boa índole.” Na entrevista, Temer ainda disse que o apoio do PSDB durará até 31/12/2018 e que vai revelar força política na “votação de matérias importantes”.