PROPINA: PF faz novas buscas em investigação contra o atual senador Aécio Neves
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (20), nova fase da operação que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por suspeita de recebimento de propina da holding J&F para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços de Belo Horizonte ligados ao parlamentar.
A PF informou que a segunda fase da operação Ross cumprirá três mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Polícia Federal para ampliar as investigações sobre “recebimento de vantagens indevidas por parte de um senador da República, solicitadas a um grande grupo empresarial do ramo frigorífico, entre os anos de 2014 e 2017”.
A Polícia Federal não identifica os alvos das operações por nome em cumprimento a uma regra interna.
A primeira fase da operação Ross foi deflagrada em 11 de dezembro para investigar Aécio e mais cinco parlamentares por recebimento de propina de R$ 130 milhões da J&F, controladora da processadora de carne JBS.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, o grupo empresarial teria repassado cerca de R$ 130 milhões que foram distribuídos a parlamentares de pelo menos três legendas.
A defesa de Aécio disse, quando da primeira fase da operação, que o senador sempre esteve à disposição para prestar esclarecimentos e apresentar documentos necessários às investigações, e que executivos da JBS tentam transformar “doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito para, convenientemente, tentar manter os generosos benefícios de seus acordos de colaboração”.
A J&F disse que não vai comentar a nova fase da operação, mantendo a postura adotada nas maioria das ações deflagradas pelas autoridades com base nas delações de seus executivos.