Professores da UEPB decidem continuar em greve por tempo indeterminado
Em 8 anos atrás 947
A greve dos professores da UEPB continuará por tempo indeterminado e o movimento poderá adotar ações mais radicais na luta pela conquista da pauta de reivindicações da categoria. A decisão foi tomada numa assembleia geral da ADUEPB hoje pela manhã (17), que também deliberou por várias iniciativas na defesa dos 433 professores substitutos da universidade e da prorrogação dos seus contratos até a conclusão do semestre.
A continuidade da greve dos docentes foi aprovada por quase a totalidade dos participantes da assembleia, que contou com professores de todos os campi da instituição, no Auditório do Curso de Psicologia. A deliberação ocorreu após uma intensa avaliação da conjuntura.
Outras deliberações da assembleia foram direcionadas para a defesa dos professores substitutos e da prorrogação de seus contratos com a universidade. A primeira delas será a divulgação de uma nota do Comando de Greve, alertando que nenhum docente nesta condição poderá ser constrangido a trabalhar durante a paralisação, com o objetivo de colocar notas, concluir disciplinas ou orientações de trabalhos de conclusão de cursos-TCC, sobretudo pelo encerramento de seus contratos no dia 12/05.
A assembleia também deliberou que se forem constatados casos desta natureza, o Comando de Greve deve enviar notificação extrajudicial para a chefia do departamento do professor substituto, questionando a iniciativa e também poderá auxiliar o docente a mover processos por assédio moral.
Para evitar o surgimento deste tipo de problema, o Comando de Greve reiterará a solicitação à Reitoria para o fechamento total do sistema de controle acadêmico da universidade, bloqueando qualquer possibilidade de inserção de notas, registro de aulas e outras atividades durante o período de greve.
A assembleia Geral da ADUEPB também decidiu que apoiará materialmente e politicamente a construção do Ocupa Brasília; uma manifestação que ocorrerá no próximo dia 24/05, para protestar e barrar as contrarreformas da previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização.
Um diálogo mais intenso com as coordenações dos programas de pós-graduação também foi aprovado na assembleia, com o objetivo de fazer com aqueles que ainda mantenham o funcionamento integral paralisem suas atividades, aumentando a adesão à greve.