Pollyanna Dutra volta ao plenário da ALPB e faz alerta para prevenção do câncer de mama
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Após vacinada, a deputada Pollyanna Dutra voltou ao plenário da ALPB e fez alerta para prevenção do câncer de mama. Nesta terça-feira (18) a parlamentar levou à tribuna da Casa Epitácio Pessoa discurso sobre o tema.
A parlamentar tomou a segunda dose da vacina contra a Covid-19 na última sexta-feira (15), o que permitiu sua volta, segundo a Resolução da ALPB.
“Como mulher, não posso vir à Tribuna da Assembleia Legislativa da Paraíba neste mês e falar sobre outro assunto que não seja o ‘Outubro Rosa’. Volto a este plenário com muita honra, após mais de um ano e sete meses distante, para destacar a importância de alertarmos e lutarmos pelas vidas das nossas mulheres”, declarou.
Dados
Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estima-se 1.120 novos casos de câncer de mama na Paraíba somente no ano de 2021. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), 186 mulheres já morreram em 2021 devido ao câncer de mama. Entre 2019 e 2020, foram registrados 603 óbitos para o câncer de mama na Paraíba, sendo 308 óbitos registrados em 2019 e 295 em 2020.
Outro dado alarmante diz respeito à realização de mamografias. Conforme a SES-PB, entre os anos de 2019 e 2020, foram realizadas 8.300 mamografias (sendo 4800 em 2019 e 3500 em 2020). Em 2021, por sua vez, apenas 2.000 mamografias foram realizadas, uma queda de mais de 50% em relação aos anos anteriores, reflexo da pandemia da Covid-19.
Apesar destacar os intensos trabalhos remotos realizados durante quase dois anos de pandemia, Pollyanna Dutra reiterou que não é momento de relaxar, mas sim de voltar o olhar para as questões que foram negligenciadas nesse período, a exemplo da diminuição do rastreamento dos casos de câncer de mama. “
Enfrentamos diversos problemas durante essa pandemia, que chegam muito perto de nós, desigualdades que afastaram as pessoas dos seus direitos. Um dos problemas que destacamos é a negligência quanto ao tratamento do câncer. Por medo, alguns pacientes interromperam seus tratamentos ou, pelo difícil acesso, não fizeram o rastreio da doença, visto que os hospitais estavam focados na pandemia. Com isso, agora muitos chegam ao serviço em fase agressiva da doença, muitas vezes em fase terminal”, alertou.