Polícia encontra numa cacimba na Praia do Sol corpo que pode ser da garota Júlia; padastro confessa crime e é preso

Polícia encontra numa cacimba na Praia do Sol corpo que pode ser da garota Júlia; padastro confessa crime e é preso

Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 633

Júlia – 12 anos

Desaparecida desde o último dia 7 de abril, A Polícia Civil da Paraíba encontrou na tarde desta terça-feira (12) um corpo em uma área de vegetação da Praia do Sol, no Litoral Sul de João Pessoa, que pode ser da menina Júlia dos Anjos, de 12 anos, O corpo foi encontrado em estado de decomposição, boiando em uma cacimba, reservatório de água, segundo a perícia.

O  padrasto de Júlia foi preso após confessar o crime da enteada. De acordo com o delegado Rodolfo Santa Cruz, Francisco Lopes, que é namorado da mãe de Júlia, é suspeito de homicídio e confessou que matou a menina. A perícia está investigando se seria o da menina.  Segundo Rodolfo, titular da delegacia de homicídios de João Pessoa, o padrasto foi ouvido pelo delegado Hector Azevedo, que disse que após a confissão, Francisco indicou onde estaria o corpo da menina.

  • “O padrasto não é novidade para ninguém na Paraíba, todo mundo já desconfiava dele, várias pessoas com quem conversei colocavam ele na linha de principal suspeito, de fato, mas a polícia não tinha elementos concretos que pudessem pedir a prisão. Hoje ele foi novamente chamado para ser reinquirido e […] ele confessou o crime e se dispôs a apontar onde o corpo foi deixado”, disse Rodolfo.

Na terça-feira (11), o padrasto deu uma entrevista à TV Cabo Branco e tinha indicado a Praia do Sol como um lugar provável onde a menina tinha sido vista pela última vez. O próprio padrasto, segundo a Polícia Civil, contou que foi a última pessoa a ter visto Júlia, na quinta-feira pela manhã, antes do desaparecimento.

  • “Uma mulher que trabalha na Praia do Sol, eu conheço ela, mas não sei o nome, afirmou que viu Júlia e a gente está investindo nisso. Ela realmente conhece Júlia, e ela falou para mim, pessoalmente, que viu Júlia e que ela estava com um olhar de medo. Só que ela não sabia que Júlia tinha sumido, que os familiares estavam atrás dela, por isso não segurou a menina”, disse Francisco.

Francisco Lopes – Acusado do assassinato

Na terça-feira, Francisco e Josélia foram ouvidos pela Polícia Civil. Que também ouviu outros parentes da menina, incluindo o pai, uma tia e a madrasta, que moram no Paraná.

“A mãe descreveu o perfil comportamental da filha, depois falou sobre os relacionamentos que ela, a mãe, teve nos últimos 12 meses, com outro namorado e agora com esse atual companheiro. Ela passou as redes sociais que a filha utilizava e também informou que a relação entre a adolescente e o padrasto era uma relação salutar, mas estamos investigando e fazendo todo o nosso trabalho.”, disse o delegado Rodolfo Santa Cruz, na terça.

Segundo o delegado, o padrasto entrava em contradição em todas as vezes em que foi ouvido. “Foram realizadas perícias, já existiam alguns elementos e, nas oitivas, ele apresentava diversas contradições. Essas contradições foram apontadas para ele, que reconheceu e fez a confissão.”

Ainda segundo Rodolfo Santa Cruz, Francisco Lopes vai ser autuado em flagrante. “Já foi solicitada a perícia no local do crime, o corpo também vai ser periciado. A gente precisa verificar se tem alguma testemunha pendente de ser ouvida e, na sequência, relatar e encaminhar ao Ministério Público para que, caso entenda necessário outra diligência, ser realizada e então ser apresentada a denúncia ao poder judiciário”, completou.

Morta por asfixia 

A garota Júlia dos Anjos, de 12 anos, foi asfixiada pelo padrasto, Francisco Lopes, enquanto dormia. Foi o que afirmou o delegado Hector Azevedo que ouviu o suspeito na manhã desta terça-feira (12), na Central de Polícia.

“Ele acabou confessando o crime dizendo que a asfixiou quando ela se encontrava dormindo em casa na madrugada da quinta-feira (7). Depois ele colocou o corpo de Júlia no carro e colocou em uma mata próxima e jogou o corpo em um cacimbão”, disse o delegado.