Polícia Civil da Paraíba prende em Queimadas chefe de milícia investigado pela morte da vereadora Marielle Franco
Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 614
A Polícia Civil da Paraíba prendeu nesta quarta-feira (28), no município de Queimadas (PB), um homem que é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como sendo um dos chefes de uma milícia daquele estado carioca e investigado pela execução da vereadora Mariele Franco.
A organização criminosa foi citada em reportagem da revista Veja, em 17 de julho deste ano, pela viúva do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega (morto na Bahia e investigado por chefiar milícias no Rio), ao falar sobre quem teria matado a vereadora Marielle Franco (PSB/RJ).
A prisão foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO). O alvo da prisão foi Almir Rogério Gomes da Silva. Ele estava na companhia de outro homem, que também foi preso, mas que não teve o nome revelado.
A ação contou com o apoio da 2ª Superintendência de Polícia Civil. O nome do alvo principal está no site www.disquedenuncia.org.br, do Rio de Janeiro. Almir Rogério Gomes da Silva foi denunciado pelo Ministério Público do RJ, que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018.
O delegado Diego Beltrão, da Draco, revelou que as investigações descobriram que esse homem cometeu outro assassinado no Rio, no dia 3 de junho deste ano, o que pode ter sido o motivo para ele fugir para a Paraíba. “Parte dos milicianos ligados ao homem capturado em Queimadas hoje foi presa em operações policiais naquele estado. Mas ele, que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, disse o delegado.
Quem matou Marielle?
Em entrevista à revista Veja, a viúva do capitão Adriano disse à reportagem que seu então marido foi procurado por milicianos da Gardênia Azul para “traçarem um plano de matar Marielle”, porém o ex-oficial da PM teria se recusado a participar. A vereadora estaria causando prejuízos tanto à milícia da Gardência Azul – que tem como um dos chefes o homem preso pela Polícia Civil da Paraíba – quanto ao grupo miliciano de Adriano.
O homem capturado em Queimadas será levado sob escolta policial até o Rio de Janeiro, onde deverá responder pelos seus crimes.
Sobre a ligação da organização criminosa com a morte da vereadora do Rio, a viúva do capitão Adriano disse à reportagem da Veja que o então marido foi procurado por milicianos da Gardênia Azul para “traçarem um plano de matar Marielle”, porém o ex-oficial da PM teria se recusado a participar.
Segundo a delação, a principal motivação seria que vereadora estaria causando prejuízos tanto à milícia da Gardência Azul, que teria como um dos chefes o homem preso pela Polícia Civil da Paraíba, quanto ao grupo miliciano de Adriano.