Pleno do TRE-PB nega pedido de Habeas Corpus e mantém vereadora Raíssa Lacerda presa no Júlia Maranhão

Pleno do TRE-PB nega pedido de Habeas Corpus e mantém vereadora Raíssa Lacerda presa no Júlia Maranhão

Por Edmilson Pereira - Em 1 hora atrás 10

Em decisão unânime, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, em sessão realizada na tarde desta segunda-feira (23) o pedido de Habeas Corpus impetrado pela defesa da vereadora Raíssa Lacerda (PSB). Com a decisão, a vereadora pessoense continuará presa no presídio Feminino Júlio Maranhão, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.

A Procuradoria Regional Eleitoral se manifestou contra o pedido de Habeas Corpus. O procurador Renan Paes Felix afirmou que as provas do suposto envolvimento de Raíssa com o crime organizado são “estarrecedoras”.

O juiz relator Bruno Teixeira de Paiva abriu a votação e foi contra a concessão do HC à Raíssa. Os outros 5 julgadores também seguiram o voto da relatoria.

A vereadora Raíssa Lacerda foi presa durante a segunda etapa da operação Território Livre, da Polícia Federal (PF), que tinha o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores, ao tentar obrigar moradores de determinado bairro a votar nela. Taciana Batista do Nascimento, Kaline Neres do Nascimento e Pollyanna Monteiro são suspeitas de participação no esquema.

Conforme informações da Polícia Federal, Taciana era usada para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida, com sede no bairro São José. Kaline Neres do Nascimento Rodrigues é articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus é suspeita de ter ligação com facções do bairro. Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos é suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar.

A vereadora pessoense, Raíssa Lacerda já havia sido alvo da primeira fase da Operação Território Livre, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa dela, onde foram recolhidos dinheiro, jóais de telefone.

A assessoria de Raíssa Lacerda informou por meio de nota que acordou perplexa e consternada com a prisão da vereadora e reiterou a inocência dela. “Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação Território Livre e a verdade virá à tona e será esclarecida”.