"Pingos de Amor", morre em Recife aos 82 anos o cantar e compositor Paulo Diniz

“Pingos de Amor”, morre em Recife aos 82 anos o cantar e compositor Paulo Diniz

Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 688

Morreu, nesta quarta-feira (22), o cantor e compositor Paulo Diniz, autor de músicas como “Pingos de Amor” e “Bahia Comigo”. Pernambucano de Pesqueira, no Agreste, o artista faleceu em casa, no bairro de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

De acordo com a produção de Paulo Diniz, a morte ocorreu por volta das 7h, em decorrência de causas naturais. O velório e enterro serão restritos para amigos e familiares e estão previstos para ocorrer na quinta-feira, às 10h. O local não foi divulgado.

Paulo Lira de Oliveira, nome de batismo de Paulo Diniz, deixou uma filha, duas enteadas e a esposa, Iluminata Rangel, além de três netos e dois bisnetos. Ele nasceu em Pesqueira, no dia 24 de janeiro de 1940.

O artista fez sucesso principalmente nos anos 1970, época em que morava no Rio de Janeiro, e onde compôs e lançou alguns de suas obras mais conhecidas. “Pingos de Amor”, lançada em 1971, chegou a ser regravada por diversos artistas, incluindo Paula Toller, do Kid Abelha, em 2000.

Paulo Diniz tinha 56 anos de carreira. Mudou-se para o Rio de Janeiro nos anos 1960, para trabalhar no rádio. Seu maior sucesso, “Pingos de Amor”, foi composto em parceria com o compositor Odibar, um grande parceiro de sua carreira.

Com Odibar, ele também compôs “Um Chope para Distrair” (1971) e “Ponha um Arco-íris na sua Moringa” (1970). O primeiro sucesso de Paulo Diniz foi “O Chorão” (Edson Mello e Luiz Keller, 1966). Um ano depois, ele lançou a canção “O Chorão no Dentista” (1967), em alusão à primeira.

O produtor musical Saulo Aleixo, que trabalhava com Paulo Diniz, disse que, na última fase da vida, o artista ainda compunha e tinha projetos não lançados. Já na pandemia, ele chegou a tentar aprovar projetos na prefeitura do Recife e governo do estado, por meio da Lei Aldir Blanc, mas eles não foram aprovados.

“Ele tinha dado uma pausa na carreira em 2016, mas estava compondo, tem coisa gravada. Só não sabemos como vai ser, ainda, porque a família é quem vai decidir sobre isso. Ele tinha muita vontade de trabalhar, mas a pandemia deu uma afastada geral, até porque não podíamos ir com frequência à casa dele nos reunir, para evitar que ele pegasse Covid”, afirmou.

Fonte: Paraíba Notícia G1 PE