“Entre os nomes da lista, o do ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil/PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco).”, diz a publicação da própria Polícia Federal.
Com 120 agentes a Operação Sequaz da PF realizou 24 mandados de prisão e busca e apreensão nos estados de Roraima, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
De acordo com as diligências da PF, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estão nos estados de São Paulo e Paraná.
O Ministro da Justiça do governo Federal, Flávio Dino, publicou através do Twitter que: “Foi investigado e identificado um plano de homicídios contra vários agentes públicos (dentre os quais um senador e um promotor de Justiça). Hoje a Polícia Federal está realizando prisões e buscas contra essa quadrilha. Meus cumprimentos às equipes da PF pelo importante trabalho”, escreveu Dino, no Twitter.
De acordo com a PF, os ataques eram planejados em cinco unidades da federação: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Ao todo, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos e endereços situados em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná.
A PF prendeu nove pessoas no estado de São Paulo, mas ainda não divulgou em quais cidades ocorreram as prisões. No estado paulista foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão, sendo a maior parte na cidade de Sumaré (7), na região Metropolitana de Campinas, e em São Bernardo do Campo (4), no ABC. A capital teve apenas um mandado de busca e apreensão.
Foram expedidos sete mandados de prisão preventiva, sendo a maior parte também em Sumaré (3), e outros dois de prisão temporária — um no Guarujá e outro em Presidente Prudente. A PF não divulgou o nome dos alvos da operação batizada de Sequaz e disse que nem todos os mandados expedidos foram cumpridos até o momento.
A PF publicou fotos dos materiais apreendidos na Sequaz. A corporação apreendeu uma moto, maços de dinheiro em um cofre, relógios, colares de ouro e um carro de luxo.
Moro e promotor alvos
O senador Sérgio Moro (União-PR) agradeceu autoridades policiais e anunciou um pronunciamento na tarde desta quarta-feira no Congresso. Ex-juiz da Lava-Jato e ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Moro era um dos alvos.
Ex-procurador de Justiça da Lava-Jato, o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) foi às redes repercutir o caso e prestar solidariedade a Moro.
A deputada federal Rosângela Moro, esposa do senador, também comentou sobre o caso nas redes e disse estar ‘aliviada’ com a ação da PF.
Fonte: Jornal O Globo