Pesquisa Datafolha aponta que aprovação de Lula desaba para 24% e é a pior de seus mandatos; queda de 11 pontos em 2 meses é inédita; reprovação à gestão vai de 34% para 41%

Pesquisa Datafolha aponta que aprovação de Lula desaba para 24% e é a pior de seus mandatos; queda de 11 pontos em 2 meses é inédita; reprovação à gestão vai de 34% para 41%

Por Edmilson Pereira - Em 4 semanas atrás 1376

A aprovação do presidente Lula desabou em dois meses de 35% para 24%, chagando a um patamar inédito para o petista em suas três passagens pelo Palácio do Planalto. A reprovação também é recorde, passando de 34% a 41%.

Acham o governo regular 32%, ante 29% em dezembro passado, quando o Datafolha havia feito sua mais recente pesquisa sobre o tema. Neste levantamento, foram ouvidos 2,007 eleitores em 113 cidades, na segunda-feira (10) e na terça-feira (11), com margem de erro geral de dois pontos para mais ou menos.

O tombo demonstra o impacto de crises sucessivas pelas quais passa o governo, sendo a mais vistosa delas a do Pix. Ela ocorreu em janeiro, com a divulgação de que o governo iria começar a fiscalizar transações superiores a R$ 5.000 pela modalidade instantânea de transferência bancária.

Ato continuo, houve uma cobrança da oposição, sugerindo controle indevido, e uma enxurrada de fake news dizendo que haveria uma taxação do Pix. O governo ficou atônito, e restou à Fazendo do ministro Fernando Haddad (PT), revogar a medida.

Lula preferiu atribuir o fisco à sua comunicação e trocou a chefia d setor, promovendo o marqueteiro baiano Sidônio Palmeira, que de todo modo já estava ativo no Planalto, para a vaga do petista Paulo Pimenta. Os problemas, contudo, continuaram.

A inflação de alimentos é um foco constante de preocupação e o presidente não contribuiu como aquela na qual sugeriu que as pessoas parassem de comprar comida cara. Se na teoria parece lógico, soou como um lavar de mãos, devidamente aproveitado mais ágil oposição.

Resultado: Lula colheu a pior avaliação de sua vida como presidente. Antes havia atingido 28% de ótimo e bom em outubro e dezembro de 2005, no auge da crise do mensalão, em seu primeiro mandato (2003-06). Já o maior índice ruim e péssima fora registrado em dezembro passado, chegando a 35%.

Fonte: Agência Folha

Foto: Divulgação/Web