Um novo detalhe sobre o assassinato da menina Anielle Suelen Teixeira, de 11 anos, foi revelado na manhã desta sexta-feira (10) pela perita Cristiane Helena Freire, chefe do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) de João Pessoa.
Segundo ela foi encontrada lama nas vias áereas da garota, o que demonstra que depois de ser estrangulada, ela ainda estava viva quando foi jogada em uma poça de lama pelo assassino confesso, José Alex da Silva, de 35 anos. A causa da morte foi confirmada como decorrente do estrangulamento.
“Entre os ferimentos existentes no corpo, encontramos fraturas em duas vértebras cervicais”, acrescentou a perita do Instituto de Polícia Científica da Paraíba, Cristiane Helena. Segundo ela, os elementos descobertos até agora não são suficientes para afirmar se outra pessoa participou do crime e nem se Anielle sofreu também violência sexual, tese cogitada porque o cadáver foi encontrado seminu numa área de mata no Miramar, ao lado do supermercado Pão de Açúcar da avenida Epitácio Pessoa.
Alex confessou o assassinato e disse que estava sob efeito de drogas e álcool quando matou Anielle. Segundo ele, o crime foi cometido porque a menina teria usado a bicicleta dele sem permissão. Ele, contudo, nega ter estuprado a vítima.
O corpo da menina assassinada foi sepultado por volta das 16h de ontem no Cemitério São José, em Cruz das Armas, sob forte comoção.
O crime – Anielle Suelen Teixeira, de 11 anos, estava em um quiosque da praia do Cabo Branco, com a mãe, Cíntia, e mais seis irmãos quando foi abordada por volta das 4h30 do domingo, 5, por Alex. A família havia decidido dormir no local, que pertence a conhecidos de Cíntia, porque a tarifa do Uber estava muito alta na noite de sábado. A intenção era que tomassem banho de mar na manhã de domingo e só então voltassem para casa, no Jardim Veneza.
A chegada de Alex ao quiosque e a conversa dele com a menina foi flagrada por câmeras de segurança. Depois disso, a menina saiu do local com o homem e não foi mais vista.
As informações são de que a mãe de Anielle dormia naquele momento e só foi informada do que havia acontecido por uma filha mais nova. Ela já conhecia José Alex porque ambos trabalhavam informalmente na praia. Ele vendendo cocos e ela, auxiliando nas vendas de um quiosque. Depois de ver as imagens do circuito de câmeras, ela passou a procurar pelo suspeito para ter informações do paradeiro da filha e chegou a encontrá-lo e discutir com ele, que negava envolvimento no crime.
Alex acabou preso na quarta-feira, 8, depois que a polícia de Pernambuco recebeu denúncia anônima apontando que ele estava na casa de parentes. O suspeito tentou fugir pulando muros de casas próximas a que ele estava, mas foi detido pelos policiais militares e encaminhado à Central de Polícia de João Pessoa. Ao prestar depoimento, ele finalmente confessou o homicídio, mas negou que tenha praticado violência sexual contra a garota.
Fonte: Paraíba Noticia com informações do ParlamentoPB