Parto humanizado: saiba o que é e os benefícios
Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 918
A família está pronta para crescer e você já começou a se preocupar em como será o parto?
Pare agora e descubra o que é o parto humanizado, quais os benefícios e porque as mulheres estão aderindo a essa prática.
Dessa forma, é possível que você tenha um momento mais tranquilo e íntimo para esse dia tão especial.
Ficou curiosa? Então vem comigo!
O parto, de uma maneira geral, é algo bastante comum na natureza e que os animais sabem como deve ser feito, por puro instinto. Entretanto, o ser humano, acabou sofrendo um pouco com a evolução da raça, o que fez com o momento do parto deixasse de ter esse caráter instintivo e de nascimento.
Calma, isso não quer dizer que optar por uma cesárea seja algo ruim, longe disso.
Por outro lado, a dica é se fazer a seguinte pergunta: você gostaria que o seu filho nascesse no momento em que realmente está pronto ou no dia e hora mais convenientes para a equipe médica?
Mais importante que isso, você realmente sabe qual a vantagem em se optar por uma segunda opção?
Então, é aqui que entra toda a ideia de parto humanizado como um resultado de algo natural e possível.
Para ficar fácil de entender, o parto humanizado tem algumas ideias como base, que formam o conceito, sendo elas:
- A ideia de que o nascimento não é um evento médico;
- A prevalência da importância da mulher no ato;
- A garantia de que as escolhas da mulher e aquilo que ela acredita serão preservados;
- O nascimento visto como algo social, familiar e emocional;
- A prevalência da equipe médica como um cuidado extra e quando necessário.
Em resumo, o parto humanizado é o parto natural, mas em um ambiente que foi criado para aquele momento, com o apoio de auxiliares e seguindo uma orientação médica.
Como o parto humanizado acontece
A mudança de cenário social juntamente com o empoderamento feminino trouxe à tona uma nova realidade que há pouco ficava debaixo do tapete: a mulher tem o direito de escolha sobre como será o nascimento.
Essa escolha, trouxe à tona o parto humanizado e milhares de pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde que comprovam: esse método é totalmente saudável.
Salvo raras exceções, quando existe algum risco real de vida para a criança ou mãe, a cesárea não é algo indicado, já que se trata de um procedimento cirúrgico invasivo para o corpo feminino.
E como fazer o parto humanizado.
Além da orientação médica e acompanhamento pré-natal, a mulher cria um ambiente acolhedor, seja na própria casa, em hospitais ou mesmo em locais voltados para o método.
Nesse caso, também há o acompanhamento de profissionais da saúde bem como de um acompanhante, ou mais quando realizado em casa.
Importante: em fevereiro de 2000, a OMS criou um tipo de guia ou cartilha com recomendações que pode ser acessado através do site para conhecer mais sobre a prática juntamente com dicas e recomendações.
Benefícios do parto humanizado
Diante da constante pressão que a mulher sofre sobre o próprio corpo, estando grávida ou não, conhecer os benefícios dessa prática aumenta a opção de escolha.
Sendo assim, é possível dividir esses benefícios em três partes:
– Benefícios para a mãe
Seguindo a orientação médica adequada e optando pelo parto humanizado, você passa a ser a protagonista da ação, decidindo o que é melhor para esse momento único.
Ao mesmo tempo, evita a intervenção cirúrgica, que sempre é considerado como uma prática extrema e sujeita a complicações, como maior tempo de internação, dores e infecções.
Com a criação do ambiente acolher, o resultado é um momento especial, rápida recuperação e eliminação de medicamentos, como as anestesias.
Sabendo que uma nova vida vai nascer, vale dizer que o parto humanizado é considerado algo natural e que não impacta o nascimento.
Em outras palavras, o bebê nasce em um ambiente mais tranquilo, tem menores chances de contrair doenças e potencializa o sistema respiratório.
Os vínculos também costumam ser estreitados durante o parto humanizado, o que pode contribuir para o crescimento da criança.
– Benefícios para equipe médica
Mesmo que a maior parte dos médicos queiram influenciar pela cesárea, já que é mais rápido, há benefícios nesse parto também para a equipe.
Além de presenciar um momento e evitar uma série de possíveis complicações, a equipe garante que o seu trabalho de assistência a vida esteja acontecendo ao mesmo tempo que segue as novas evidências da medicina.
Detalhe: se você optar pelo parto humanizado e o seu médico for contra, consulte outros profissionais no ramo, faça os exames necessários e garanta um resultado mais satisfatório a afetivo.
Em alguns casos, a mulher não pode optar pelo parto humanizado, devido a problemas de saúde, doenças ou riscos. Mas vale a pena conversar com mais de um médico antes da escolha final.
Plástica pós-parto – O que você precisa fazer
Uma das grandes verdades é que a gestação provoca uma série de mudanças no corpo da mulher e, por isso, você pode optar por uma plástica pós parto.
O método tem como objetivo restaurar o corpo, principalmente seios e abdômen, e pode incluir uma série de procedimentos diferentes, como:
- Redução ou elevação dos seios;
- Lipoaspiração;
- Abdominoplastia, entre outros.
Seguindo a orientação médica, o ideal é que a mulher espere em torno de seis depois após o termino da amamentação para fazer a plástica pós-parto.
Esse tempo de “repouso” serve para que a pele consiga retrair ao mesmo tempo em que ocorre a redução do inchaço.
Geralmente, esse período também funciona como estabilizador, já que aos poucos você volta a comer normalmente bem como a fazer algum tipo de atividade física.
Na dúvida, busque por um profissional qualificado, que atenda às suas expectativas e retire todos as dúvidas.
Conclusão
O parto humanizado é um método de nascimento que vem crescendo no Brasil, comprovado pela Organização Mundial da Saúde e que deve ser pensado com cuidado.
Depois disso, você até pode optar por uma plástica pós-parto para recuperar e redefinir o corpo, garantindo um resultado final positivo e realmente feliz.
Fontes
Andrea Rebello Moreira. Ginecologista e Obstetra, formada pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública com residência em ginecologia e obstetrícia na Casa de Saúde Santa Marcelina e especializada em Patologia do Trato Genital Inferior pela Unifesp.