OPERAÇÃO CARTOLA: Envolvidos num esquema de manipulação de resultados, Breno Morais (Botafogo) e William Simões (Campinense) são banidos do futebol pelo STJD
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Em julgamento realizado nesta quarta-feira (14), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, no Rio de Janeiro, decidiu aplicar penas e punições a dirigentes do futebol da Paraíba envolvidos num esquema de manipulação de resultados no futebol paraibano, denunciado pelo Ministério Público e que no dia 9 de abril deste ano resultou numa ação da Polícia Civil paraibana, denominada de Operação Cartola, quando foram cumprimentos 39 mandados de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras.
A operação Cartola investiga uma organização criminosa por falsidade ideológica e manipulação de resultados no futebol profissional da Paraíba.
No julgamento do STJD, desta quarta-feira, Breno Morais, ex-vice de futebol botafoguense, foi banido do futebol para sempre. Além disso, recebeu uma multa de R$ 90 mil pelo envolvimento com o esquema. Já o ex-presidente Zezinho do Botafogo, o ex-vice Guilherme Novinho, e o executivo de futebol Francisco Sales, que é filho de Novinho, foram suspensos por 540 dias e terão de pagar, cada um, multa de R$ 30 mil.
Outros personagens terão que se afastar definitivamente do mundo da bola. O presidente afastado do Campinense, William Simões, é um destes.
Fora dos clubes, 9 árbitros também foram banidos. Éder Caxias, Antônio Carlos Rocha (Mineiro), Antônio Umbelino, Adeilson Carmo Sales, João Bosco Sátiro, Francisco Santiago, Tarcísio José, Josiel Ferreira e José Maria de Lucena Neto não poderão mais atuar profissionalmente no futebol.
Um dos nomes mais citados no processo, o ex-presidente da Comissão de Arbitragem da FPF, José Renato, também pegou a pena máxima, assim como o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Futebol da Paraíba, Marinaldo Barros, e o ex-procurador do TJDF-PB, Lionaldo dos Santos. O ex-árbitro foi condenado a pagar uma multa de R$ 50 mil, enquanto os membros do tribunal desembolsarão R$ 30 mil cada um.
O ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol, Amadeu Rodrigues, teve seu julgamento remarcado para o dia 29 deste mês. A alegação foi de que o antigo mandatário teve pouco tempo para produzir sua defesa.
O diretor jurídico do Botafogo-PB, Alexandre Cavalcanti, e o árbitro Francisco Carlos do Nascimento, o Chicão, que já fez parte dos quadros da FIFA, e que apita pelo estado de Alagoas atualmente, foram absolvidos no processo.
Procurada, a assessora de imprensa do STJD, Daniela Lameira, preferiu ser cautelosa e não confirmou as informações.
– Ainda não temos a decisão final dos processos. Devido a complexidade do caso, o presidente determinou que eu aguarde a secretaria finalizar o resultado para divulgação – disse.
Redação e vozdatorcida.com