OBESIDADE: Médicos alertam para o aumento dos casos de hipertensão em adultos jovens no Brasil
Por Elison Silva - Em 5 anos atrás 850
De acordo com o estudo Vigitel, que compõe o sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis do Ministério da Saúde, o diagnóstico de hipertensão arterial aumentou 14,2% no Brasil nos últimos 10 anos. A pesquisa aponta a obesidade – que aumentou 60% nesse mesmo período – como um dos principais fatores responsáveis pelo índice observado não só na pressão alta, que agora atinge 25,7% da população, mas também no diabetes. Outro fator que tem contribuído para o aumento é o baixo nível de escolaridade. Com a falta de informação adequada ao público, a adesão ao tratamento, fica bem abaixo do esperado.
Mal da vida moderna
O cardiologista Jairo Lins Borges, do Departamento de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que o aumento da hipertensão está ligado aos hábitos de vida e também aos aspectos demográficos do País. “O profissional brasileiro tem desempenhado um trabalho cada vez mais sedentário, combinado à alimentação industrializada e ao tabagismo. A hipertensão também tem sido mais incidente entre 20 e 44 anos, na fase de ‘adulto jovem’, que a rotina atribulada leva à demora pela busca do diagnóstico, o que contribui para o aumento do risco cardiovascular”, afirma Borges.
Quando se leva pelo menos quatro meses para controlar a pressão arterial – a partir do momento que o quadro se instala de forma silenciosa – em comparação com o alcance do alvo de tratamento em 30 dias, o risco de AVC e de morte aumentam 2% cada um, mostrando que quanto mais demorarmos a controlar a pressão arterial, maior o risco de complicações cardiovasculares.
Como identificar os sintomas e primeiros sinais?
A pressão alta pode ser silenciosa por muitos anos, por ser uma condição que costuma avançar devagar. Desse modo, é necessário medir a pressão regularmente, e adotar hábitos saudáveis de estilo de vida para prevenir o desenvolvimento e a progressão de doenças cardiovasculares.
Como a pressão alta age no corpo humano?
A hipertensão é a condição em que as artérias, que são os vasos responsáveis por levar sangue rico em oxigênio e nutrientes da alimentação a todas as partes do corpo, passam a oferecer “resistência” à circulação do sangue em seu interior. Isso faz a pressão diastólica, ou seja, o valor mais baixo da medida da pressão arterial, subir. Paralelamente, a partir dos 50 anos de idade, o coração passa a ter que fazer mais “força” para bombear sangue pelo corpo, o que aumenta a pressão sistólica, ou seja, o número mais alto da medida da pressão arterial. Por exemplo, quando dizemos que a pressão está 12/8, o 12 representa a pressão sistólica e o 8 a diastólica. Em indivíduos mais jovens, o que sobe primeiro é a pressão diastólica. Com o passar do tempo, a pressão sistólica também começa a subir, o que aumenta ainda mais o risco da hipertensão arterial.
Quais os tratamentos disponíveis hoje no mercado?
O componente mais importante do tratamento da hipertensão arterial é o uso de remédios que baixam a pressão arterial. Felizmente, hoje existem muitas opções seguras e que contribuem para evitar infarto do coração, derrame cerebral, protegem os rins e prolongam vida. Paralelamente, as medidas de modificação de estilo de vida, principalmente restrição ao consumo de sal, alimentos industrializados e de álcool, bem como dieta rica em peixes, frutas e verduras, além de perda de peso e prática regular de atividade física são muito importantes.
Qual a importância de garantir o tratamento adequado e constante?
No hipertenso, o uso incorreto ou irregular dos remédios para pressão alta impede que a pressão seja controlada adequadamente de forma sustentada, e que o risco de doenças cardíacas seja diminuído efetivamente. O tempo é implacável. Quanto mais tempo com hipertensão não tratada, menor a expectativa de vida e maior o risco de infarto do miocárdio ou de derrame cerebral. O envelhecimento é um grande fator de risco para doenças cardiovasculares.
Qual a influência do tabagismo e do álcool, por exemplo, no dia a dia de um hipertenso? E sobre o risco de novas doenças?
O tabagismo é devastador e aumenta muito o risco de morte, infarto do miocárdio e AVC, mesmo que a pessoa não tenha pressão alta. No hipertenso, o risco tende a se multiplicar. Mesmo o fumante passivo, ou seja, aquele que convive com pessoas que fumam, está correndo risco. O consumo de álcool de forma excessiva aumenta muito a pressão arterial e pode provocar derrame cerebral e cirrose do fígado, mesmo em quem não tem pressão alta. Recentemente, foi observado que mesmo o consumo regular moderado de álcool pode contribuir para aumentar a pressão arterial. O ideal, portanto, é não beber ou fazer isso somente de vez em quando.
Sobre a Libbs Farmacêutica
A Libbs é uma indústria farmacêutica brasileira 100% nacional, que está no mercado há 62 anos e conta com cerca de 2.600 colaboradores. Atualmente, ocupa o 9º lugar no ranking de laboratórios do varejo farmacêutico nacional. A companhia investe 10% de seu faturamento entre P&D e inovação e comercializa cerca de 90 marcas em mais de 200 apresentações de medicamentos, distribuídos nas seguintes especialidades: cardiovascular, ginecologia, oncologia, dermatologia, respiratória, transplantes e sistema nervoso central.
Foi a primeira indústria farmacêutica a implantar o Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (rastreabilidade). Recentemente, inaugurou sua unidade de Biotecnologia, responsável pela produção de medicamentos biológicos indicados para tratar câncer e doenças autoimunes, com tecnologia single-use (produção que utiliza biorreatores com bolsas descartáveis). Por entender que tratar da vida vai além de fabricar medicamentos, a empresa também realiza um trabalho de responsabilidade social corporativa com o apoio a projetos educacionais, culturais e esportivos com foco em saúde, educação e qualidade de vida, sempre vinculados à superação de limitações. O seu propósito é contribuir para que as pessoas alcancem uma vida plena e sua aspiração é ser a farmacêutica brasileira mais admirada do mundo.
Fonte: Gabriela Tunes (Colaboradora)