NESTA QUINTA: Jornalista Andrea Azevêdo e socióloga Cláudia Pfeiffer realizam live para debater:  Impacto da Covid-19, no presente e no futura das cidades

NESTA QUINTA: Jornalista Andrea Azevêdo e socióloga Cláudia Pfeiffer realizam live para debater: Impacto da Covid-19, no presente e no futura das cidades

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 780

A jornalista Andrea Azevêdo e Socióloga Cláudia Pfeiffer , ambas especialistas políticas, realizam uma live,  a partir das 19h30 desta quinta-feira (28), para discutir do tema: IMPACTOS DA COVID-19, NO PRESENTE E NO FUTURO DAS CIDADES,  na gestão, nas relações de trabalho, na vida urbana e na arquitetura.

A Jornalista Andrea Azevêdo (@andreacazevedo)  é Doutora em Planejamento Urbano e Regional e em Governação, Conhecimento e Inovação, e Pós-Doutoranda no Centro de Estudos Sociais, da Universidade de Coimbra. Já a com a Socióloga Cláudia Pfeiffer  (@claudiapfeiffer) é Professora da Universidade Federal do Rido de Janeiro, Doutora em Planejamento Urbano e Regional e Diretora da Sócio Sustentável Produções.

As duas cientistas políticas vão trazer no bate papo reflexões e abordagens sobre as mudanças que estão acontecendo na Europa e no Brasil devido à pandemia Covid-19 e que estão impactando na vida das pequenas e médias cidades, nas metrópoles e regiões metropolitanas.

A Professora e socióloga Cláudia Pfeiffer, defende que nas metrópoles e região metropolitana “a Covid-19 põe em evidência todos os problemas da gestão de cidades e regiões metropolitanas no Brasil. A começar pela dificuldade na interação, necessária e fundamental, entre os entes federados, ou seja, entre governos municipal, estadual e federal para essa resolução, por divergências político-partidárias”. Segundo Cláudia, “outro problema da gestão que fica completamente exposto, com o novo coronavírus, é a sua incapacidade de corrigir a profunda desigualdade socioterritorial que caracteriza tanto as metrópoles quanto as regiões metropolitanas. Vejam, por exemplo, o fato de, em plena pandemia, a ser enfrentada com água e sabão, existirem locais aonde a água não chega e, por outro lado, pessoas que não tem condições de comprar sabão.”

A Jornalista Andrea Azevêdo, Pós-Doutoranda no Centro de Estudos Sociais na Universidade de Coimbra, avalia que os impactos da Covid-19 na vida urbana das pequenas e médias cidades no Brasil “depende da necessidade do isolamento físico e/ou do medo da população da doença. Se houver realmente isolamento físico, a maioria de nós já sabe o que acontecerá: as ruas ficarão mais vazias, com pessoas circulando apenas para o essencial” e complementa:” se não houver isolamento físico e governantes e população não temerem a doença, a vida urbana será praticamente como antes da pandemia. Caso os governantes temam a doença, medidas restritivas à circulação serão adotadas mais fortemente, às quais serão cumpridas ou não pela população – a depender de sua adesão às medida”. E ainda, “vai depender do impacto da Covid-19 na economia local e na vida das pessoas. E do medo da população e dos governantes de situações como essa se repetirem no curto prazo”.

Com relação à arquitetura também das pequenas e médias cidades, Andrea Azevêdo diz que “no caso de a doença assustar a cidade, os espaços públicos e os espaços internos e externos dos estabelecimentos comerciais serão adaptados para evitar contágio” e, ainda, “a arquitetura pode ser orientada pela necessidade da construção/reorganização de imóveis que incluam espaços para home office e espaços para que as pessoas não se sintam presas em situação de confinamento (varandas, quintais etc.)”e acrescenta: “nas grandes metrópoles os escritórios e espaços internos e externos dos estabelecimentos comerciais também serão adaptados para evitar contágio. Nos últimos cinco meses houve uma aceleração de muitas mudanças em curso e o trabalho home office foi testado com sucesso”.

Para as duas cientistas “os impactos da Covid-19 nas cidades brasileiras dependem do tamanho e das características – socioeconômicas e culturais – do território e da população, da economia local, da capacidade da infraestrutura de saúde pública existente, da capacidade dos gestores públicos em conduzir o seu enfrentamento, das respostas da população às orientações da gestão pública e da participação do setor privado e do Terceiro Setor nesse enfrentamento”.