Na pressão: Agentes da Semob JP cobram reformulação da Lei do PCCR e decidem por paralisação no dia 10 de fevereiro
Por Edmilson Pereira - Em 2 anos atrás 1122
Os agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob-JP) decidirão que irão paralisar suas atividades, a partir das 0h, de 10 de fevereiro, deste ano, e que poderá se estender por até 24h, se, até essa data, o prefeito Cícero Lucena (Progressista) encaminhar para aprovação, na Câmara Municipal de Vereadores, a reformulação da Lei Complementar 067/2011, que trata do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da categoria e que, além disso, legaliza outros direitos que deveriam ser assegurados a esses profissionais.
A decisão pela paralisação foi tomada, pela maioria dos agentes, durante assembleia realizada, na segunda-feira (16), na sede do Sindicato dos Comerciários de João Pessoa (Sinecom).
A reunião contou com a presença dos agentes de trânsito e, também, da diretoria da Associação dos Servidores da Semob (Assemob) e, durante o encontro, foram tratados assuntos relacionados às condições precárias de trabalho; à campanha e atualização salarial, em 2023; à devolução da autonomia financeira e jurídica ao órgão para que se possa agilizar licitações importantes; à falta de fardamento; infraestrutura precária da sede e do terminal de integração; a viaturas inadequadas e à falta de alimentação para agentes de campo que cumprem jornada de trabalho em dobro às cargas horárias legais.
De acordo com um dos agentes de trânsito da Semob de João Pessoa que não quis se identificar “desde outubro tivemos uma promessa de que seria marcada uma reunião com o prefeito e até hoje isso não aconteceu, nem mesmo o sindicato foi recebido pela gestão, mesmo com ofícios protocolados há um ano”.
O servidor ainda explica que “em relação à campanha salarial 2023, os profissionais estão com uma defasagem de 40,31%, por isso é importante a atualização, já que o prefeito está concedendo as melhorias para diversas categorias. O objetivo da paralisação é fazer uma advertência para que possamos ser ouvidos pelo chefe do executivo municipal e, assim, tratarmos não apenas sobre questões salariais, mas também das condições de trabalho que repercutem na qualidade do serviço prestado e influenciam na motivação dos profissionais”, defendeu.