Na França, político que contratar parente pode ser condenado a 3 anos de prisão
Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 1013
O Parlamento francês aprovou, nesta quarta-feira (08), um projeto de lei de moralização da vida política, um dos desafios do presidente Emmanuel Macron, eleito após uma campanha marcada por escândalos entre partidos. O texto, aprovado por uma ampla maioria da Assembleia Nacional, inclui a supressão da “reserva parlamentar”, ajuda financeira que deputados e senadores distribuíam até então para comunas e associações de sua escolha.
Agora, ministros, deputados e representantes locais não vão poder contratar cônjuges, pais ou filhos. Está prevista uma pena de três anos de prisão e 45 mil euros de multa, além da restituição dos pagamentos em alguns casos. Ainda foram aprovados um dispositivo de reembolso com justificativas para os gastos dos deputados e uma pena complementar de inelegibilidade por falta de integridade.
As medidas foram celebradas pela filial francesa da ONG Transparência Internacional, que lamentou, contudo, o texto não tenha sido ainda mais abrangente.
A questão que ganhou força durante a campanha presidencial após uma série de escândalos. O candidato preferido da direita, François Fillon, caiu nas pesquisas após a revelação de supostos empregos fantasmas de sua família. Ele acabou não sendo eleito para o segundo turno.
Nesse contexto, o ministro socialista de Interior, Bruno Le Roux, na mira pelo emprego de suas filhas, as demitiu em março, três meses depois de sua nomeação.
Fonte: O Globo