MPF reforça pedido de nova condenação contra o ex-presidente Lula

MPF reforça pedido de nova condenação contra o ex-presidente Lula

Por Edmilson Pereira - Em 6 anos atrás 662

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta quinta-feira, 4, a condenação do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro no processo em que o petista responde pelo suposto recebimento de vantagens indevidas da Odebrecht por meio da aquisição de um terreno para o Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo.

Os procuradores da Força-Tarefa da Operação Lava Jato também pedem a condenação de Roberto Teixeira, advogado do petista, do ex-ministro Antonio Palocci, Marcelo Odebrecht e outras quatro pessoas envolvidas.

O pedido foi feito nas alegações finais apresentadas pelos procuradores.

No documento, o Ministério Público Federal afirma que Lula seja condenado por Moro pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O MPF também pede que seja decretado o perdimento do apartamento 121, vizinho ao dúplex onde Lula mora em São Bernardo, e o pagamento de R$ 75 milhões – valor correspondente ao total da porcentagem da propina paga pelo Grupo Odebrecht, segundo as investigações.

Segundo os procuradores, Lula teria decidido sobre a montagem de um “esquema criminoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente”. Esse esquema, afirma a força-tarefa, estaria baseado na manutenção da governabilidade sobre “bases espúrias”, o fortalecimento do PT pela formação de uma reserva monetária ilícita para abastecimento de campanhas e pelo enriquecimento com valores oriundos de práticas criminosas.

“A figura que detinha a última palavra para as situações e as funções mais relevantes e estratégias, além do cargo de maior importância na República, era o então presidente Lula, vértice comum de todos esses esquemas criminosos”, afirma o MPF.

Segundo a força-tarefa, o petista atuou ao nomear e manter diretores da Petrobras como Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa e Renato Duque, que teriam sido colocados nos cargos para cobrança de propinas.

Redação e Agência Folha