Ministro Pazuello diz em comissão do Congresso que estoques de hidroxicloroquina do governo estão zerados
Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 477
O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (13) que os estoques de hidroxicloroquina da pasta para auxílio no tratamento da covid-19 estão zerados no país. A declaração foi dada em audiência pública na Comissão Mista do Congresso, que fiscaliza as ações do governo no combate à epidemia.
O ministro disse que os médicos têm autonomia para prescrever o medicamento a pacientes com covid-19 de acordo com sua avaliação. Segundo ele, apesar disso, não há problemas em questionar o uso do remédio o tratamento da doença. Mas, lembrou que a hidroxicloroquina é solicitada ao Ministério da Saúde.
Ainda segundo o ministro interino, os pedidos por hidroxicloroquina não atendidos correspondem a mais de 1,6 milhão de doses para os Estados e municípios. A Fiocruz, segundo Pazuello, tem 4 milhões de comprimidos que aguardam negociação de preço.
“Não temos como comprar, porque o preço de custo dela, que é o que nos colocam, está acima do que nós podemos pagar na tabela CMED [Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos]. Então, essa produção da Fiocruz ainda não foi adquirida pela simples razão de negociação de valores, coisa que acontecerá nos próximos dias”, afirmou.
Pazuello disse há estoque de 2 milhões de unidades de doação americana no LQFEx (Laboratório Químico Farmacêutico do Exército), mas como veio em cartelas de 100, precisam ser recolocadas nas quantidades permitidas no Brasil. O interino disse ainda que, se não fosse pela pandemia de covid-19, a quantidade disponível estaria de acordo para atender a demanda do SUS (Sistema Único de Saúde) para as doenças como malária, lúpus e artrite.
Cenário
Sobre o cenário atual da covid-19 no país, Pazuello disse que as regiões Norte e Nordeste já apresentam números bem baixos, “praticamente já dentro de uma normalidade de vida”. “ Não existe fim do coronavírus. O coronavírus veio para viver conosco. Então, vamos começar a nos lembrar disso, não houve fim do H1N1, só se ele mutar para outro número. O coronavírus vai viver conosco também”, afirmou.
O ministro interino lembrou outras pandemias como a do vírus da Aids – HIV, no final da década de 1980. “Nossos hábitos mudaram e assim que coloco que nossos hábitos vão mudar com relação a conviver com o coronavírus”.
No rol dessas mudanças, ele destacou os hábitos de higienizar as mãos, de evitar aglomeração e da readaptação das indústrias, por exemplo, que terão que pensar em um afastamento maior na planta de produção.
Eduardo Pazuello estima que, a partir de meados de setembro, os números do Centro-Sul estarão definidos o suficiente para traçar uma projeção para o final do ano: “Eu posso lhe afiançar que no final do ano, no Centro-Norte, nós vamos estar vivendo uma nova normalidade, com novos hábitos. E posso lhe afiançar que lá pelo meio de setembro, início do setembro, eu lhe digo exatamente como vai estar o centro-sul também, na visão do Ministério da Saúde, de uma forma bem clara. Eu acredito que tanto o Norte quanto o Sul estejam iguais. Vamos esperar um pouquinho o mês de setembro chegar para ver as curvas descerem”, disse.
Vacinação
A expectativa do Ministério da Saúde é de que no final do ano o Brasil esteja prestes a iniciar a campanha de vacinação contra o novo coronavírus. A imunização, segundo Eduardo Pazuello, vai começar pela região Centro-Norte.
“Pela simples razão de que ali iniciará novamente o impacto das contaminações virais e vai se estender pelo Brasil como um todo na sequência”, afirmou.
Fonte: Paraíba Notícia e Agência Brasil