Ministro da Saúde Pazuello diz que poucos laboratórios atendem demanda do Brasil por vacina contra  Covid-19

Ministro da Saúde Pazuello diz que poucos laboratórios atendem demanda do Brasil por vacina contra Covid-19

Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 459

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta 4ª feira (02) que o Brasil vai começar a receber, a partir de janeiro, vacinas contra covid-19. A declaração foi feita em audiência da Comissão Mista da covid-19 no Congresso Nacional.

Os primeiros lotes a chegar ao país, de acordo com o ministro, serão da vacina do laboratório AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Pazuello afirmou que 15 milhões de doses da vacina chegarão até fevereiro de 2021. Até o final do 1º semestre do ano que vem, segundo ele, 100 milhões de doses do imunizante estarão disponíveis para o Brasil.

O ministro disse que o país trabalha com uma série de possibilidades para o fornecimento da vacina. Ele afirmou que há cerca de “300 milhões de doses já acordadas e negociadas” com a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.

Indagado por congressistas, Pazuello disse que há “poucas opções” de laboratórios que dão conta de atender o Brasil de forma efetiva. Segundo ele, sem especificar o fornecedor, empresas apresentaram “números pífios” para o cronograma de entrega e fabricação.

“São muito poucas as fabricantes que têm a quantidade e o cronograma de entrega efetivo para o nosso país. Quando a gente chega ao final de negociação e vai para cronograma de entrega e fabricação, os números são pífios, os números são pífios. Números em grande quantidade, realmente, se reduzem aí a uma, duas, 3 ideias. A maioria fica com números muito pequenos para o nosso país”, disse.

“Uma coisa que a gente precisa observar é que há uma competição, claro, de produção, de venda, uma campanha publicitária muito forte. Então uma produtora lança uma campanha publicitária que já fez, que está pronto, está maravilhoso. Quando você vai apertar, a história é bem diferente. Como tudo na vida, né? Na hora que você vai efetivar a compra, vai escolher, não tem bem aquilo que tu quer, o preço não é bem aquele e a qualidade não é bem aquela. Então, quando a gente aperta, as opções diminuem bastante”, declarou.

Em outro ponto da audiência, Pazuello disse que o governo vai trabalhar contra a obrigatoriedade da vacina no Brasil.

“Senhores, até o momento, e isso é uma posição do ministério, falo pelo ministério e também em consonância com o presidente da República, a nossa estratégia será a não obrigatoriedade da vacina”, afirmou.