Uma força-tarefa coordenada pela Polícia Federal (PF) realiza, na manhã desta segunda-feira (31), operação contra uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. A Justiça de MG bloqueou cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
São cumpridos mais de 600 mandados de prisão e de busca e apreensão. Ao todo, 422 são de prisão, sendo parte deles (173) contra pessoas que já estão detidas. As ordens são cumpridas em 19 estados e no Distrito Federal (veja a lista mais abaixo).
Entre os alvos estão integrantes do PCC, familiares e outras pessoas responsáveis por lavar dinheiro para a organização. O estado com o maior número de mandados de prisão é o Paraná, com 101.
Segundo a PF, esta é a maior operação da corporação em número de estados, mandados e valores apreendidos. Só em um endereço, em Santos, no litoral de São Paulo, agentes encontraram R$ 2 milhões e US$ 730 mil em espécie.
Como funcionava o esquema
De acordo com as investigações, 210 pessoas que estão atualmente detidas em presídios federais recebiam um auxílio mensal da facção por terem alcançado cargos de alto escalão na organização criminosa ou por terem realizado missões, como a execução de servidores públicos.
Os pagamentos, afirma PF, eram feitos por meio de contas de pessoas que não pertenciam à facção, a fim de evitar a identificação dos recursos por parte das autoridades.
A ação envolve cerca de 1.100 policiais federais, que cumprem 623 ordens judiciais (íntegra –295KB), sendo 422 mandados de prisão preventiva e 201 mandados de busca e apreensão, em 19 Estados e no Distrito Federal. Dos mandados de prisão, 173 foram para alvos que já estavam presos.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.
A Justiça Federal também determinou, a pedido da PF, o bloqueio de até R$ 252 milhões. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte (MG).
Eis as instituições que integram a operação Caixa Forte:
- PF (Polícia Federal)
- Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais);
- Polícia Civil de Minas Gerais;
- PRF (Polícia Rodoviária Federal);
- Depen-MG (Departamento Penitenciário Nacional de Minas Gerais);
- Depen (Departamento Penitenciário Nacional).
Locais onde há alvos da operação:
- Acre
- Alagoas
- Amazonas
- Ceará
- Distrito Federal
- Goiás
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso
- Pará
- Paraíba
- Pernambuco
- Paraná
- Rio de Janeiro
- Rio Grande do Norte
- Rondônia
- Roraima
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- São Paulo