Médico Augusto Almeida Junior participa de reunião com Ministro da Saúde para discutir tratamento cirúrgico da obesidade

Médico Augusto Almeida Junior participa de reunião com Ministro da Saúde para discutir tratamento cirúrgico da obesidade

Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 412

Com o avanço da vacinação entre a população idosa e em pacientes com doenças crônicas, a obesidade e suas consequências é um fator evidente nos casos graves de Covid-19 em pessoas mais jovens no Brasil.

Aliado a isso, o tratamento cirúrgico da obesidade foi restrito em todo o país com a pandemia. O número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS caiu em 69,9% em um ano, saindo de 12.568 em 2019, para 3.772 em 2020. Em 2021, até o mês de maio, foram realizadas 484 cirurgias pelo Sistema Único de Saúde.

A redução impacta diretamente no tempo de espera dos pacientes que precisam ser operados devido as comorbidades associadas ao excesso de peso.

Na saúde suplementar, por meio de planos de saúde, foram realizadas 52.699 cirurgias em 2019, os números de 2020 ainda não foram divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Para debater este e outros aspectos referentes a obesidade assunto representantes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) reuniram-se nesta segunda-feira (21), em Brasília, com o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga.

  • Os mais recentes estudos realizados no mundo comprovaram que a perda de peso proporcionada pela cirurgia bariátrica reduz em 48% o risco de mortalidade por Covid-19, diminui em 113% o risco de internação, em 74% o risco de UTI e em 64% o risco de intubação”, apontou o presidente da SBCBM, Fábio Viegas.

O presidente da SBCBM defendeu o retorno das cirurgias no Brasil, tendo em vista que muitos pacientes estão morrendo nas filas de espera, devido ao coronavírus ou pelas doenças crônicas associadas à obesidade.  “Cirurgia bariátrica não é cirurgia estética. Precisamos pensar que os pacientes com obesidade grave, reduzem a cada dia suas chances de vida”, disse Viegas.

Integração– Outro ponto importante abordado na audiência foi a integração entre o banco de dados da SBCBM e o Datasus no que se refere ao acompanhamento dos pacientes bariátricos.

“Estamos propondo uma integração para garantir um bom acompanhamento ao paciente, especialmente no pós-operatório, com acesso aos procedimentos de cirurgia bariátrica e metabólica realizados, resultados obtidos e a redução de riscos”, completou Viegas.

Ministro Queiroga e médico Augusto Junior

Capacitação– A oferta de serviços por profissionais capacitamos em cirurgia bariátrica é ponto comum entre o Ministerio e a SBCBM. A Sociedade ofereceu suporte – em ao Ministério apoio para sugerir roteiros de avaliação dos serviços e de cirurgia existentes e também para ampliar a oferta de atendimento e capacitar serviços que ainda não estão habilitados em cirurgia bariátrica pelo SUS . No Brasil apenas quatro estados da federação estão contemplados: Amazonas, Roraima, Amapá e Rondônia. Capacitar equipe cirúrgica e multiprofissional

“Os cirurgiões associados a Sociedade estão dispostos a contribuir com este processo, já que existe desinformação quanto a habilitação e credenciamento dos estabelecimentos, no SUS, bem como dificuldades para estruturação de Unidade Especializada de Alta Complexidade para realização das cirurgias bariátricas. A ideia desenvolver um plano estratégico para a demanda de procedimentos eletivos postergados durante a pandemia, diminuindo o tempo de espera para realização do procedimento cirúrgico”, destacou Viegas.

Participaram da Audiência a coordenadora geral de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Ana Patricia de Paula, o diretor do DataSus, Jackson Barros; o vice-presidente executivo da SBCBM, LuizVicente Berti, o diretor médico da SBCBM, Luiz Fernando Córdova e o ex-presidente do Capítulo da Paraíba e conselheiro dos Capítulos da SBCBM, Augusto Almeida Junior.