Lavagem de dinheiro e falsidade ideológica; Gaeco apresenta 21ª denuncia contra ex-governador Ricardo e mais 4 irmãos na Calvário
Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 395
Apontado como o líder de uma Organização Criminosa (Orcrim), que desviou mais de R$ 130 milhões do cofres público do Estado durante os 8 anos que governou a Paraíba, o ex-governador Ricardo Coutinho continua tendo sua situação agravada em relação ao caso. O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba, apresentou nova denúncia contra ele.
Esta é a 21ª ação fruto da Operação Calvário e, desta vez, explora os laços de família, tendo como alvos parentes de Ricardo Coutinho, que neste sábado (04) deixa o PSB para se filiar ao Partido dos Trabalhadores, 18 anos após ter deixado a legenda.
A nova ação do Gaeco-PB inclui na listas de envolvidos com o desvio de recursos públicos, os irmãos do ex-governador; Coriolano Coutinho, que se encontra preso na Penitenciária Média de Mangabeira, Raquel, Valéria e Viviane, além de Denise Krummenauer Pahim, cunhada de Raquel, Breno Dornelles Pahim Filho (marido de Raquel) e Breno Dornelles Pahim Neto.
As investigações, segundo o Gaeco, mostraram o entrelaçamento dos irmãs e familiares de Ricardo Coutinho em supostas composições societárias que teriam o objetivo de desviar e ocultar recursos públicos.
Os alvos seriam contratos nas áreas de saúde e educação, que teriam sido explorados pela suposta organização criminosa e que viraram objeto de 21 denúncias apresentadas pelo Ministério Público até agora.
O Gaeco fundamenta a ação afirmando que o desvio de recursos teria como objetivo a garantia da estabilidade financeira e longa permanência dos integrantes do grupo na administração estadual.
A acusação é de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica e fixa o pagamento como reparação no montante de R$ 3,3 milhões. A denúncia envolve sociedade em empresas, empreendimento imobiliário, aquisição de apartamento em Fortaleza, investimentos em fazenda na cidade de Bananeiras e apreensão de dinheiro em moeda estrangeira (euros e dólares).
A denúncia foi protocolada nessa quarta-feira (1º) e distribuída para a 6ª Vara Criminal da Capital. Nesta quinta-feira (02), a juíza Shirley Abrantes Moreira Régis se averbou suspeita no processo, que deverá se redistribuído.
O Ministério Público da Paraíba pede a aplicação da perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos réus como efeito da condenação.
Fonte: Paraíba Notícia com Assessoria