LAVA-JATO: PF realiza operação em João Pessoa, CG e Cabedelo para investigar envolvimento de empreiteiras e do ex-senador Vital Filho em pagamento de propinas

LAVA-JATO: PF realiza operação em João Pessoa, CG e Cabedelo para investigar envolvimento de empreiteiras e do ex-senador Vital Filho em pagamento de propinas

Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 665

A Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal, deflagrou, na manhã desta terça-feira (25), a 73ª Fase da Operação Lava Jato, denominada Ombro a Ombro. Cerca de 60 Policiais Federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em 4 cidades (Brasília/DF, João Pessoa/PB, Cabedelo/PB e Campina Grande/PB). Um dos alvos é Alexandre Costa de Almeida.

A Operação Ombro a Ombro mira vantagens indevidas destinadas ao ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo Filho, que teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação a um partido político e repasses a empresas sediadas na Paraíba.

Durante as investigações da Operação Lava Jato foi identificada uma Organização Criminosa formada por executivos de grandes empreiteiras, que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a Diretores da Petrobrás, fraudava o caráter competitivo de licitações realizadas pela estatal.

As irregularidades cometidas em detrimento da Petrobrás foram trazidas à tona no bojo da Operação Lava Jato.

A presente fase tem por objeto a apuração de supostos delitos de corrupção passiva e lavagem de capitais.
Conforme apurado o investigado teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos das grandes empreiteiras, envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a Petrobrás

Consoante declarações prestadas por executivos de uma grande empreiteira em acordos de colaboração premiada, as vantagens indevidas destinadas ao investigado teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação a um partido político e repasses a empresas sediadas na Paraíba.

Os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados, e os valores respectivos seriam sacados pelos representantes das empresas e entregues em espécie a intermediários do investigado.

O nome da operação é uma alusão à origem histórica das CPIs. Segundo historiadores, tal origem pode ser associada a reuniões praticadas por monges budistas há milhares de anos, quando se sentavam em círculo (ombro a ombro) no sopé das montanhas, para meditar e apurar causas do mal-estar geral.

Paraíba Notícia e Agência Brasil