Justiça transforma em domiciliares prisões preventivas de vereadores acusados de ficar com salários de assessores

Justiça transforma em domiciliares prisões preventivas de vereadores acusados de ficar com salários de assessores

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 922

Foto: Polícia Civil PB

O juiz André Ricardo de Carvalho Costa , da  Vara Única da Comarca de Conde, converteu em prisões domiciliares as prisões preventivas dos Ednaldo Barbosa da Silva, o ‘Naldo do Cell’, e Malbatahan Pinto Filgueiras, ou Malba de Jacumã,  presos pelo Gaeco nessa segunda-feira (06) acusados pelos crimes de corrupção, peculato e  lavagem de dinheiro.  A decisão aconteceu durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira (07)

As prisões domiciliares dois vereadores estão vinculadas ainda ao cumprimento de cautelares, sob pena de revogação imediata, entre elas, a suspensão de exercício da função de vereador do município e a monitoração mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Condições

As condições estabelecidas foram: não se ausentar da própria residência sem prévia autorização do juiz competente; não mudar de endereço sem autorização do Juízo; não receber visitas, salvo de familiares de 1º, 2º e 3º graus e de seus advogados, visando evitar a ingerência de influência política no presente processo judicial; proibição de manter contato com qualquer funcionário público ou prestador de serviço de Conde; comparecer a todos os atos do inquérito e da instrução criminal, sempre que intimado.

Ao substituir a preventiva por prisão domiciliar, o magistrado considerou o direito dos custodiados à prisão especial antes da condenação definitiva, em razão dos cargos que exercem e o teor da Portaria, assinada pelo Juízo Militar do TJPB, que determinou a retirada dos presos civis com direto à prisão especial dos presídios militares. Considerou ainda a inexistência de cadeia pública no Município de Conde e que seria temerária a colocação dos presos em um presídio como o do Róger.

Os vereadores são suspeitos de participar de um esquema de corrupção com a devolução de salários pagos a assessores de parlamentares contratados sem concurso público. As prisões foram feitas por policiais da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deccor) e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPPB.