Justiça restabelece prisão preventiva de "Antônio Mototaxista" detido na Operação Nicotina na cidade de Patos

Justiça restabelece prisão preventiva de “Antônio Mototaxista” detido na Operação Nicotina na cidade de Patos

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 940

Em decisão unânime  e em harmonia com o parecer ministerial, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba determinou o restabelecimento da prisão preventiva de Wladimir Pereira Mendes, conhecido como ‘Antônio Mototaxista’, detido durante a ‘Operação Nicotina’ ocorrida na cidade de Patos (PB).  Antonio Mototaxista foi denunciado, pelo Ministério Público estadual, pela venda e distribuição de drogas aos usuários e revendedores nos municípios de São José do Bonfim, Teixeira e Patos.

O processo teve a relatoria do desembargador Ricardo Vital de Almeida. Ainda na decisão, o Órgão Fracionário não conheceu o recurso em relação à Cláudia Maria Batista, sob pena de incorrer em supressão de instância. Entretanto, o Colegiado determinou que fossem analisados os requisitos da preventiva pelo Juízo de 1º Grau.

De acordo com os autos, o Órgão Ministerial ofereceu denúncia contra nove pessoas por se associarem de forma permanente e estável ao tráfico de drogas. Os acusados foram presos. Após requerimento da defesa foi revogada a prisão preventiva de Wladirmir Mendes, e convertida em medidas cautelares diversas, nos termos do artigo 319, incisos I, IV e V, do Código de Processo Penal, e, estendida os efeitos aos demais corréus.

Irresignado, o MP interpôs Recurso em Sentido Estrito, pugnando pela necessidade da decretação preventiva de Wladirmir Mendes e Cláudia Batista, por considera que, em liberdade, continuariam a desenvolver o tráfico ilícito de drogas em Patos e região.

Ao dar provimento ao recurso, o desembargador Ricardo Vital ressaltou que a materialidade e os indícios da autoria estavam presentes, conforme depoimentos dos policiais, pelos diálogos registrados a partir de interceptações telefônicas, pela apreensão de drogas e pelos autos de apresentação e apreensão e de constatação.

“Percebe-se que Wladimir Pereira Mendes em companhia de Cláudia Maria Batista, supostamente, praticaram crimes graves, demonstrando uma clara periculosidade, o que merece uma pronta resposta do Estado, que se legitima no sacrifício da liberdade individual em prol da garantia da ordem pública”, disse o relator.

Ao concluir, o desembargador Vital afirmou que o decreto liberatório deve ser reformado diante da indispensabilidade da prisão cautelar do acusado. “Notadamente, se considerada a sua periculosidade concreta, haja vista o fato de integrar agremiação criminosa organizada para a prática de tráfico de drogas, e o fato de encontrar-se em gozo de liberdade provisória e voltar a ser preso dias depois, o que reflete a sua periculosidade e forte tendência à reiteração delitiva”, enfatizou.