Justiça mantém prisão do comunicador Fabiano Gomes que vai cumprir pena no PB1

Justiça mantém prisão do comunicador Fabiano Gomes que vai cumprir pena no PB1

Por Edmilson Pereira - Em 6 anos atrás 989

O juiz de Custódia, Adilson Fabrício, decidiu na tarde desta quinta-feira (23) que o apresentador Fabiano Gomes continuará preso e será encaminhado para o presídio do PB1, em Jacarapé. A decisão aconteceu durante audiência de custódia realizada no Fórum Criminal de João Pessoa.

Durante a audiência, Fabiano Gomes relatou que esqueceu de assinar os documentos na Justiça porque estava sob efeito de remédios. O juiz, porém, não aceitou a justificativa e deliberou, inicialmente, que Fabiano fosse para o presídio do Roger. A defesa então pediu a revisão da decisão alegando que o radialista é diabético e tem problemas de depressão.

Após a solicitação do advogado, o juiz Adilson Fabrício decretou que o empresário fosse levado à Penitenciária Dr. Romeu Gonçalves de Abrantes, o PB1, onde ficará preso preventivamente.

Fabiano Gomes foi preso nessa quarta-feira (22) em decorrência das investigações da Operação Xeque-Mate, que apura desvios de dinheiro público e fraudes na administração do Município de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. Ele foi conduzido para a sede da Polícia Federal no início da manhã, por força de mandado de prisão preventiva. A ordem judicial, expedida pelo desembargador João Benedito, do Tribunal de Justiça da Paraíba, aconteceu após descumprimento de medida cautelar.

A defesa do empresário justificou que “uma das medidas cautelares determina que Fabiano compareça, uma vez por mês, para assinar documentos na Justiça. Neste mês de agosto, por conta de dias de atraso no comparecimento, a Justiça compreendeu o ato como desobediência”.

Operação Xeque-mate

Deflagrada em abril deste ano, a Operação Xeque-Mate foi motivada, segundo a Polícia Federal, por uma denúncia de que o prefeito Leto Viana teria forçado vereadores a assinarem cartas-renúncia. Caso algum deles votassem contra as intenções da gestão, o documento seria protocolado. Por se arriscarem a assinar as cartas, os vereadores recebiam dinheiro e outros benefícios. Entre as decisões da Câmara alinhadas à vontade do prefeito, estaria o veto à construção de um shopping center na cidade.

Outra negociação investigada aponta que o ex-prefeito de Cabedelo, Luceninha, teria recebido R$ 5 milhões para renunciar ao mandato. As investigações dizem que foi esse esquema que contou com a participação de Fabiano Gomes. Conforme divulgado pela PF, o radialista teria sido uma das pessoas responsáveis por repassar quantias financeiras ao ex-gestor. Na época, Fabiano Gomes disse em nota à impressa que estava “colaborando com as investigações e à disposição dos órgãos competentes”.