Jogadora Tandara da seleção feminina de vôlei é suspensa por 4 anos acusada pelo uso de doping

Jogadora Tandara da seleção feminina de vôlei é suspensa por 4 anos acusada pelo uso de doping

Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 454

A Jogadora da seleção feminina de vôlei Tandara, campeã da medalha de ouro olímpica em Jogos Olímpicos de Verão de 2012, foi  suspensa por doping.  A condenação é de quatro anos imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), pelo uso de Ostarina, substância anabolizante proibida pela Agência Mundial Antidopagem (Wada, na sigla em inglês).

O julgamento foi concluído na noite dessa segunda-feira (23). A jogadora se pronunciou nas primeiras horas desta terça-feira (24), no Instagram e no Twitter, lamentando a decisão e afirmando que recorrerá da pena.

No comunicado, Tandara disse estar sendo condenada por algo que não fez e ter provas “mais do que suficientes” de que foi contaminada (ou seja, que não consumido a Ostarina). Ela considerou a punição “injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso”. O entendimento do TJD-AD “é incompatível com a melhor jurisprudência internacional”.

Campeã olímpica de vôlei nos Jogos de Londres (Reino Unido) em 2012, Tandara estava suspensa preventivamente desde agosto do ano passado, quando o Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) confirmou a presença da Ostarina no exame realizado um mês antes, em Saquarema (RJ), durante os treinos da seleção feminina para a Olimpíada de Tóquio (Japão).

O resultado saiu em meio à reta final das disputas em solo japonês. A jogadora foi desligada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) horas antes do Brasil enfrentar (e vencer) a Coreia do Sul na semifinal. A equipe nacional conquistou a medalha de prata, superada pelos Estados Unidos na decisão.

Como a punição é retroativa à data da coleta, a jogadora de 33 anos está impedida de jogar até julho de 2025, quando terá 37 anos. Se não reverter a punição no TJD-AD, ela ainda poderá apelar à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Caso a pena seja cumprida na íntegra, ela perderá a Olimpíada de Paris (França), em 2024.