Jeová defende feiras livres e diz que elas são ‘santuários’ da prática de vida e troca cultural entre campo e cidade

Jeová defende feiras livres e diz que elas são ‘santuários’ da prática de vida e troca cultural entre campo e cidade

Por Edmilson Pereira - Em 3 anos atrás 469

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) rejeitou, na sessão desta quarta-feira (03),  o veto do Governo do Estado ao Projeto de Lei que declara as feiras livres Patrimônio Histórico Cultural e Imaterial da Paraíba. O deputado Jeová Campos, que foi vendedor de alho na feira de Cajazeiras antes de se formar em Direito, passar no concurso para professor da UFCG e ser detentor de mandatos parlamentares, pronunciou-se a respeito defendendo o espaço das feiras como ‘expressão de vida’. Ele citou as feiras de Juazeiro e de Toritama como exemplos e afirmou que toda feira é ‘santuário de prática de vida, de expressão e integração do campo com a cidade’.

“Eu sou filho da Feira. Aos oito anos de idade, eu percorria as ruas de Cajazeiras vendendo alho para me manter na cidade. As condições de vida na época eram outras e eu sei da importância da Feira para a herança cultural entre ao homem da roça e o homem da cidade, o homem da agricultura e o homem da área urbana, nelas há um processo de integração humana e de união de experiências, ela é expressão de vida, das pessoas”, disse o parlamentar.

 “As feiras são para mim verdadeiros santuários, não para a prática religiosa – e às vezes o é – mas, para a prática da vida, pela cultura da terra que também é representada na cidade. A batata doce e a mandioca são expressões de vida. A confecção de Toritama, Juazeiro, também. A feira é um espaço ativo de cultura, interação, de atividades diversas”, concluiu o deputado, que foi um dos votou pela derrubada do veto do Executivo. A proposta de tornar as feiras patrimônio é do deputado Tovar Correia Lima (PSDB). O PL também cria o Dia do Feirante, a ser celebrado no dia 25 de agosto.

Fonte: Paraíba Notícia e Assessoria de Comunicação