IPC da Paraíba pericia cerca 100 kg de entorpecentes por mês apreendidos pela Polícia Cívil

IPC da Paraíba pericia cerca 100 kg de entorpecentes por mês apreendidos pela Polícia Cívil

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 712

Cerca de 100 quilos de entorpecentes são periciados por mês, em média,  pelo Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC/PB). A instituição faz parte da estrutura da Polícia Civil e é a responsável pelas perícias criminais que subsidiam as investigações. Somente no ano passado, o IPC analisou 1,2 tonelada de drogas que foram apreendidas em ações policiais no Estado.

Por determinação legal, todos os entorpecentes apreendidos devem ser examinados pelo IPC. Na Paraíba, o Instituto dispõe de equipamentos novos e equipe treinadas para detectar até as drogas aprimoradas por criminosos. “São cinco laboratórios instalados nas cidades de João Pessoa, Guarabira, Campina Grande e Patos, que recebem as apreensões feitas por todas as forças de segurança, com exceção da Polícia Federal, que possui laboratório próprio”, explica Marcelo Burity, superintendente do IPC/PB.

Em João Pessoa, os exames são feitos no Laboratório de Análise de Entorpecentes do IPC, que funciona no bairro do Cristo Redentor. O local é coordenado pela perita Christiane Tavares de Andrade. Ela explica que a quantidade de material de apreensões aumenta nos períodos de festas, em virtude da ação das polícias.

“Maconha e cocaína são as formas de entopercentes mais comuns. Mas temos uma grande demanda de outros tipos de drogas, principalmente, as sintéticas, como LSD e ecstasy. Isso nos obriga a fazer treinamentos específicos para combater as novas drogas introduzidas nas ruas por criminosos”, observou.

Drogas sintéticas

As drogas sintéticas recebem este nome porque não são provenientes da natureza, como ocorre com a maconha, por exemplo. Elas são fabricadas em laboratórios e recebem substâncias químicas que provocam alucinações e danos ao sistema nervoso central. Anfetaminas, LSD e ecstasy são exemplos disso. Algumas drogas sintéticas podem ser usadas em forma de selos ou balas, colocadas embaixo da língua.

“Elas têm embalagem aparentemente inofensiva. Têm aparência colorida, como se fossem doces ou balinhas de crianças. Por isso, enganam muitos pais, que ficam sem perceber que seus filhos estão usando entorpecentes. Mas nossos exames conseguem fazer a constatação”, declarou a perita.

Para encobrir o crime, alguns traficantes alteram as fórmulas de substâncias que são definidas como drogas. De acordo com a perita, alguns medicamentos que foram produzidos, originalmente, para curar doenças, também passaram a ser usados por criminosos como drogas sintéticas. Exemplo disso é de um remédio que combate um tipo de vírus e passou a ser apreendido pela polícia porque os usuários de drogas descobriam que ele produzia efeito alucinógeno, se fosse “fumado”.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passou a controlar o uso de 37 substâncias químicas. “Destas, 30 são novas psicoativas, criadas para burlar as listas internacionais de controle de drogas. Outras duas são precursores de entorpecentes e cinco são medicamentos novos registrados na Anvisa, ou seja, com fins terapêuticos aprovados no Brasil”, explicou Christiane.

Para comprovar a ação dos criminosos, os peritos do IPC realizam, regularmente, treinamentos em parceria com Ministério da Justiça, Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Polícia Federa

Fonte: Paraíba Noticia e Assessoria de Imprensa da Polícia Civil da Paraíba