Indicado como novo ministro da saúde, paraibano Marcelo Queiroga defende ciência e uso de máscara e diz que imprensa é aliada

Indicado como novo ministro da saúde, paraibano Marcelo Queiroga defende ciência e uso de máscara e diz que imprensa é aliada

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Confirmado para substituir o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga defendeu em pronunciamento nesta terça-feira (16) a adoção de novas medidas com base “no melhor da evidência científica” e fez um apelo à população pelo uso de máscaras e por outras medidas de prevenção.

“Gostaria de conclamar a população que utilize máscara, que lave as mãos, use álcool gel. Estou repetindo e todos vocês já sabem disso, mas, para reafirmar, são medidas simples mas importantes, e podemos com essas medidas evitar ter que parar a economia de um país”, disse.

Segundo Queiroga, “é preciso unir os esforços de enfrentamento da pandemia com a preservação da atividade econômica para garantir emprego, renda e recursos para que as políticas de saúde tenham concepção.”

Ele pediu que haja “união” entre população, estados e municípios e defendeu que novas medidas adotadas na pasta sejam baseadas na ciência.

Antes de ter sua nomeação confirmada, Queiroga disse não ser favorável ao uso da cloroquina contra a Covid-19. “A própria Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomendou o uso dela nos pacientes, e nem eu sou favorável porque não há consenso na comunidade científica”, disse.

Após a confirmação, porém, deu entrevista à CNN e afirmou que, embora não haja um tratamento contra a Covid-19, os “médicos têm autonomia para prescrever” o medicamento.

O novo ministro classificou ainda o momento atual da Covid-19 como “uma nova onda da pandemia” e disse que é preciso melhorar a qualidade de assistência nos hospitais, sobretudo nas UTIs.

“É uma agenda muito grande, que necessita de união da nação. Estou entusiasmado e conversei com equipe do Ministério da Saúde para reforçar medidas e trazer novas contribuições sempre baseado no melhor da evidência científica”, disse.

“Todos sabemos que a ciência brasileira tem sido muito útil, com vários artigos publicados em periódicos internacionais, e isso mostra a força da ciência brasileira.”

Na contramão do presidente, que coleciona ataques e críticas à imprensa, Queiroga também afirmou que a imprensa “é a grande aliada das autoridades sanitárias do Brasil”. “Apesar dos veículos do serem eficientes é por vocês e pela crítica de vocês que vamos melhorar nosso desempenho”, afirmou.

Queiroga disse ainda que, sem apoio, “não espera fazer mágica” no cargo e disse contar com o SUS como a “grande arma que temos para enfrentar a pandemia”.

“Sei a responsabilidade que tenho e que sozinho não vou resolver nenhuma mágica, e não vou resolver os problemas da saúde pública que temos, mas sei que teremos ajuda dos brasileiros para executar as políticas públicas do interesse da população”, afirmou.

Fonte: Paraíba Notícia e Folha de São Paulo