Gaeco apura nova denúncia no pagamento de 30% a título de propina na área de saúde que pode complicar ainda mais a situação do ex-governador Ricardo Coutinho

Gaeco apura nova denúncia no pagamento de 30% a título de propina na área de saúde que pode complicar ainda mais a situação do ex-governador Ricardo Coutinho

Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 464

Uma nova denúncia chegou às mãos dos promotores do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), com potencial de complicar ainda mais a vida de réus da operação Calvário. O caso tem relação com com supostos pagamentos de propinas na área da saúde no período em que o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) que comandou o Estado e é apontado pelo Ministério Público da Paraíba como líder de uma Orcrim – Organização Criminosa, que desviou recursos públicos na ordem de R$ 132,4 milhões entre os anos de 2011 e 2018.

De acordo com o documento, dinheiro pela prestação de serviços em hospitais estaduais só era visto depois do pagamento de 30% a título de propina.

Os responsáveis pela denúncia anexaram cópias de cheques emitidos e extratos bancários que descreveriam o caminho do dinheiro para o pagamento de propinas a autoridades.

Entre os citados na denúncia estão ex-servidores públicos estaduais, alguns deles de “alta patente”. Os volumes de recursos envolvidos não são pequenos. De acordo com informações colhidas pelo blog, a operação envolveu pagamentos parcelados de R$ 2,8 milhões, dos quais 30% teriam sido desviados.

Os representantes da empresa relatam que depois dos pagamentos feitos até 2014, os serviços continuaram sendo prestados nos hospitais, mas sem pagamento.

A dívida acumulada pela administração estadual chegou a R$ 8 milhões e a empresa faliu, após deixar de pagar a propina.  As cobranças estão sendo feitas através de demandas judiciais, que começaram a ser protocoladas em 2017. O caso pode fomentar novos desdobramentos da operação Calvário.

A operação Calvário apura suposto desvio de R$ 132,4 milhões no governo do Estado entre 2011 e 2018. Os recursos, de acordo com os promotores, teriam sido desviados de contratos das áreas de saúde e educação.

Fonte: Paraíba Notícia com informações do Blog Suetoni Souto Maior