Execução Penal de CG autoriza colocação de tornozeleiras eletrônicas em 60 apenados do presídio Serrotão em Campina Grande

Execução Penal de CG autoriza colocação de tornozeleiras eletrônicas em 60 apenados do presídio Serrotão em Campina Grande

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 912

Os juízes  Philippe Guimarães Padilha e Vladimir José Nobre, ambos com jurisdição conjunta para responder pela Vara de Execução Penal da Comarca de Campina Grande, deram início à implementação do Sistema de Monitoramento Eletrônico com a colocação da tornozeleira eletrônica em 60 apenados que cumprem pena em regime semiaberto na Penitenciária ‘Jurista Agnelo Amorim’, Presídio do Monte Santo. O equipamento foi colocado durante audiência, na manhã dessa sexta-feira (12), na unidade prisional.

O juiz Philippe Guimarães explicou que o presídio Monte Santo possui, no regime semiaberto, 247 apenados do sexo masculino e 23 do sexo feminino. Todos receberão o equipamento. “Serão colocadas 60 tornozeleiras a cada sexta-feira. A previsão do término é de quatro semanas. Após a conclusão dessa etapa, passaremos para os apenados do regime aberto”, explicou o magistrado.

Já o juiz Vladimir José Nobre informou que esse monitoramento é importante, porque vai desafogar o Presídio do Monte Santo, que passará por reformas, abrindo vagas para receber os presos de menor periculosidade do Complexo Penitenciário do Serrotão. “A intenção é aumentar o número de vagas para o regimento fechado, evitando a superpopulação carcerária no Serrotão”, disse.

Projeto-piloto – Segundo Philippe Guimarães, além de desafogar o sistema prisional do Monte Santo, a utilização da tornozeleira eletrônica possibilita um controle mais efetivo da população carcerária. “Colocando esse pessoal em monitoramento eletrônico, daremos mais segurança à população, pois saberemos, em tempo real, onde os presos se encontram”, afirmou.

O magistrado destacou, ainda, que com as vagas que surgirão no Monte Santo, poderá ser implementado um projeto-piloto, que está em andamento, voltado à reinserção dos apenados por meio do trabalho na unidade prisional. “A ideia é ressocializar os apenados, colocando todos para trabalhar de forma remunerada e formal, em parceria com instituições e o Governo do Estado. Essa iniciativa é voltada aos presos de menor periculosidade e que tenham um comprometimento maior com a execução da pena, para que possam, não apenas, desenvolver uma profissão, mas, também, serem introduzidos no mercado de trabalho e terem suas penas reduzidas com as atividades”, ressaltou.