ENDIVIDAMENTO: Dívida de aposentados com o consignado bate novo recorde: R$ 127,3 bilhões

ENDIVIDAMENTO: Dívida de aposentados com o consignado bate novo recorde: R$ 127,3 bilhões

Em 6 anos atrás 1434

Dados do Banco Central do Brasil  mostram que o total de dívidas dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no consignado atingiu R$ 127,3 bilhões em janeiro deste ano, um novo recorde. Em 12 meses, as dívidas aumentaram 10,2%.

Há uma preocupação do governo com esse excesso de dívidas, uma vez que o INSS vem registrando um número crescente de reclamações de seus beneficiários por causa do assédio dos bancos, que os têm levado a tomarem empréstimos sem precisar.

Limites

No fim de 2018, o INSS baixou uma norma limitando o assédio dos bancos a aposentados e pensionistas. As novas regras passam a valer a partir deste mês. Segundo o INSS, os bancos só poderão procurar os segurados depois de seis meses de liberados os primeiros benefícios.

Há, porém, a opção de aposentados e pensionistas procurarem os bancos depois de 90 dias do primeiro recebimento do benefício pago pelo INSS. Eles terão que pedir para que o bloqueio a empréstimos seja derrubado. Resta saber, segundo técnicos do INSS, se as instituições financeiras vão respeitar essas regras.

Aposentados e pensionistas não recebem pressão apenas dos bancos para se endividarem. Sabe-se que muitos familiares (filhos, netos, genros e noras) obrigam os idosos a fazerem todo tipo de empréstimo para garantir luxos. Quando os idosos se recusam, muitas vezes, são vítimas de violência.

Dicas

Os especialistas dizem que é preciso muito cuidado na hora de se fazer dívidas, mesmo com juros mais baixos, como os cobrados no consignado (27% ao ano). Recorrer a empréstimos, só em caso de necessidade,. O melhor é poupar todos os meses para comprar à vista o que se deseja.

Quem faz dívida sem necessidade, acaba entrando na lista de maus pagadores e ficando com o nome sujo na praça. Assim, quando realmente precisar, não poderá recorrer às linhas de crédito oferecidas pelos bancos.

Redação e Correio Braziliense