Dinheiro a receber: 36,1 milhões de pessoas no Brasil ainda têm valores esquecidos em sistema do Banco Central; veja como consultar

Dinheiro a receber: 36,1 milhões de pessoas no Brasil ainda têm valores esquecidos em sistema do Banco Central; veja como consultar

Em 1 ano atrás 616

Com mais de 70% dos brasileiros endividados, desses, 50% sem condições sequer de pagar o que deve, 36,1 milhões de pessoas ainda têm valores, esquecidos, a receber em sistema do Banco Central. A soma chega a 7 bilhões de reais.

O interessado deve entrar no site Valores a Receber (SVR), colocar seus dados pessoais e verificar se tem os recursos parados.

Cerca de 4,5 milhões de pessoas físicas e jurídicas têm valores entre R$ 100 a R$ 1.000 para receber, enquanto aproximadamente 787 mil estão com valores acima de R$ 1.000.

É considerado “dinheiro esquecido” eventual saldo disponível em contas de depósitos ou pagamento já encerradas. Outros exemplos incluem:

Tarifas cobradas indevidamente sujeitas à devolução em decorrência de formalização de compromissos com órgãos reguladores ou de fiscalização, por exemplo;

A maior fatia das cifras a receber (R$ 5,7 bilhões) é de pessoas físicas. São 36,1 mil possíveis beneficiários. As empresas respondem por R$ 1,3 bilhão, em um total de 2,7 mil CNPJs.

Os bancos são os principais detentores do dinheiro ainda não devolvido. Eles reúnem R$ 4,1 bilhões, seguidos pelas administradoras de consórcios (R$ 2,1 bilhões), cooperativas (R$ 635,1 milhões), financeiras (R$ 93,8 milhões) e também por instituições de pagamento (R$ 76,4 milhões).

Em número de beneficiários que ainda não resgataram os valores, os bancos reúnem 26,4 milhões de pessoas físicas e jurídicas, seguidos pelas administradoras de consórcios (8,2 milhões) e pelas financeiras (3,2 milhões).

De março para abril, o dado mais atualizado do Banco Central, o volume de recursos disponível para resgate aumentou 12%. Em março deste ano, eram R$ 6,3 bilhões e em abril, R$ 7,08 bilhões.

O que já foi devolvido

Os dados do Banco Central mostram que, dos R$ 3,93 bilhões devolvidos até agora, a maior parte (R$ 2,94 bilhões) foi embolsada por pessoas físicas. Foram 13,4 milhões de CPFs no total. No mesmo período, as cifras retiradas por pessoas jurídicas somaram R$ 984,5 milhões e foram destinadas a 493,1 mil empresas.

De março para abril deste ano, houve uma queda de 48,7% no total de valores devolvidos. Em março haviam sido devolvidos R$ 505 milhões e, em abril, foram outros R$ 259 milhões.