DICAS: O que o mau hálito indica e como combatê-lo
Em 6 anos atrás 869
Quatro em cada dez brasileiros sofrem com o mau hálito, de acordo com a Associação Brasileira de Halitose. Ao contrário do que muitos imaginam, a halitose não está apenas ligada a distúrbios estomacais. Em cerca de 90 a 95% dos casos, o transtorno vem da própria cavidade bucal, afetada por desordens salivares, acúmulo de placas bacterianas ou outras doenças da boca que precisam ser tratadas.
A farmacêutica Camila Oliveira apresenta as principais causas do mau hálito e como combater cada um deles antes do Dia do Beijo, comemorado no dia 13 de abril.
Falha na higiene bucal
A falta de cuidado com a higiene bucal é um dos principais estímulos para o surgimento do mau hálito. Quando restos de alimento se acumulam entre os dentes, na língua e na gengiva, bactérias que já existem na boca naturalmente dissolvem as partículas de alimento e liberam substâncias com forte odor. Na língua, as bactérias se depositam e formam uma camada branca, chamada de saburra lingual, geradora do mau cheiro. Quando não tratadas, as cáries podem atingir a polpa e provocar a putrefação de tecidos, o que também libera um odor muito desagradável. Por isso, uma boa escovação e o uso regular do fio dental e de raspadores de língua são ações essenciais para combater a ação dessas bactérias.
Diminuição na produção de saliva
A famosa boca seca é mais um ambiente propício para o surgimento do mau hálito. Isso porque a saliva é considerada o melhor enxaguante bucal que existe, ajudando a remover resíduos de alimentos da boca. Para evitar quadros como esse, recomenda-se a ingestão frequente de água, sobretudo quando ocorre a utilização de medicamentos e após ingerir muita bebida alcoólica. É preciso ficar atento, pois o cigarro e a respiração pela boca também colaboram para a redução da produção de saliva.
Falta de alimentação
Ficar horas sem comer colabora para o surgimento da halitose da fome ou hipoglicemia. Nesses casos, o odor que sai da boca tem característica metálica em função da quebra de gorduras, quando o organismo não tem mais carboidrato e começa a quebrar ácidos graxos. Pessoas adeptas de jejuns prolongados podem evitar a halitose bebendo bastante água e chás. Para manter uma boa salivação, é indicada também a ingestão de alimentos fibrosos, como a maçã e a cenoura, e uma boa mastigação.
“As recomendações para evitar o mau hálito no dia a dia são simples, como beber água com frequência e higienizar corretamente a boca, utilizando o fio dental, em seguida, o raspador de língua e, por último, realizando a escovação. Fique atento aos enxaguantes bucais, preferindo os produtos sem álcool na composição”, diz a farmacêutica. “Se mesmo assim o odor desagradável persistir, o ideal é procurar um profissional da saúde para investigar o caso e iniciar um tratamento, pois o mau hálito pode denunciar problemas mais sérios no organismo”, completa.
Fonte: Redação e Néctar Comunicação