Deputada Camila critica imposição do Executivo em aprovar reforma sem diálogo e diz que 'essa Casa não é um puxadinho do Governo"

Deputada Camila critica imposição do Executivo em aprovar reforma sem diálogo e diz que ‘essa Casa não é um puxadinho do Governo”

Por Edmilson Pereira - Em 5 anos atrás 589

Com posição declarada contra a pressa e a pressão do governo do Estado em votar o Projeto de Lei Complementar que altera o regime previdenciário do Estado, a deputada Camila Toscano (PSDB), vice-líder da bancada de oposição, defendeu, nesta segunda-feira (16),  que o projeto deve ser amplamente discutido com a sociedade, em especial, os servidores públicos, que serão diretamente atingidos com os efeitos da Reforma da Previdência Estadual.

“Essa Casa não é um puxadinho do Governo do Estado. Aqui existe lei. Fomos eleitos pelo povo e estamos aqui para defender os interesses da população”. A fala foi da deputada estadual Camila Toscano (PSDB), nesta segunda-feira (16), durante audiência pública para debater Projeto de Lei Complementar (PLC) 12/2019, que dispõe sobre a reforma da previdência estadual.

Camila iniciou a sua fala dizendo que os deputados não eram malandros, como afirmou o governador João Azevedo (PSB) ao criticar a postura da bancada de oposição ao cobrar debate do projeto. “Se não fosse a pequena e aguerrida oposição, não estaríamos aqui debatendo essa matéria. Queriam que a gente votasse e aprovasse uma reforma da previdência em 48 horas. Isso é impossível”, disse.

A parlamentar reiterou que vai continuar lutando para que o servidor público não seja prejudicado com o pacote de maldades do Governo. Ela acusou o Executivo de espalhar ‘fake news’ ao propagar a notícia que o projeto estava engessado e tinha sido imposição do Governo Federal. “Não estou aqui para defender governo algum, estou aqui para defender o povo e esse projeto pode sim ser modificado”, afirmou.

Entre as mudanças propostas estão: exclusão de pagamento de benefícios como licença-maternidade, salário família, auxílio-reclusão e licença para tratamento de saúde da previdência, aumento na alíquota de contribuição para a previdência de 11% para 14% dos salários.