DEMISSÕES: Funcionários paroquiais denunciam Arquidiocese da PB por cobrar Imposto Sindical sem autorização dos servidores
Por Edmilson Pereira - Em 7 anos atrás 3345
Mesmo com o fim da cobrança obrigatória do imposto sindical , um dos principais itens da reforma trabalhista, aprovada em julho de 2017, pelo Senado Federal e sancionada pelo presidente Temer várias entidades sindicais estão sendo denunciadas pela cobrança, sem a devida autorização trabalhista.
O SINDBREF Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes Religiosas e Filantrópicas do Estado da Paraíba é uma das entidades sindicais do Estado denunciada pela cobrança. Sem ter sido realizada nenhuma assembleia com os funcionários , sem que os servidores tenham assinado nenhuma autorização, a Arquidiocese da Paraíba está enviando para todas às Paróquias a ela jurisdicionadas um e-mail com o número da conta do SINDBREF para ser depositado direto na conta do sindicato, o valor correspondente a um dia de trabalho de cada funcionário das Paróquias, sindicalizado ou não e sem a devida autorização legal.
A cobrança, que nesse caso é indevida, pois contraria a lei vigente e não tem autorização do sindicalizado, está revoltando os servidores das Paróquias da Arquidiocese da Paraíba. Muitos, por medo de serem demitidos não estão querendo denunciar o fato ao Ministério Público do Trabalho, e os poucos que não concordam estão pedindo para não terem seus nomes revelados, temendo a demissão.
A pressão começa pela própria arquidiocese que está obrigando as secretárias paroquiais, através de alguns padres que estão até ameaçando demiti-las, caso não façam corretamente lançamento da contabilidade das paroquias.
O estranho nisso tudo é que a igreja católica que tanto foi contra a terceirização, terceirizou todo setor de contabilidade com um único escritório de Guarabira, que está recebendo valores em torno de R$ 40.000,00 mensal , valor dividido e pago pelas paroquias.
A informação é que muitos escritórios de João Pessoa, prestavam serviços de contabilidade para até 10 paróquias tiveram que demitir funcionários, com a opção feita pela Arquidiocese de concentrar em único escritório na cidade de Guarabira, utilizando-se, inclusive, da mão de obra, gratuita, das secretarias paroquiais.