“Não deveríamos deixar para trás os avanços tecnológicos que veem com esse desenvolvimento. É verdade que houve grande perda de valor em alguns criptoativos. Mas não é verdade que perdas com criptomoedas são maiores que outros ativos de tecnologia”, argumentou no mesmo evento.
Para o presidente do BC, o caminho da regulação de criptoativos no Brasil é diferente de outros países e mais ficado na transparência. “O que precisamos fazer é ter certeza que os criptoativos têm transparência na forma como são negociados, criados e transacionados. Esse é o caminho que queremos seguir. Se você vai comprar um criptoativo que é uma mistura de outros dois, o algoritmo precisa ser aberto e o lastro transparente”, completou.
Ele admitiu ter preocupação com a concentração de custódia e transacional no mercado de criptoativos. “Hoje temos 80% dos criptoativos custodiados em quatro empresas, em alguns casos com servidores centralizados, sem abertura de estrutura de backup. Isso é sujeito a invasões. E temos uma ou duas plataformas com 20% ou 30% do mercado de transações. Esse é um ponto que o regulador precisa se preocupar, mais do que se as pessoas perderam dinheiro”, avaliou.