CORONAVÍRUS: Ministério da Saúde orienta uso da cloroquina desde o primeiro dia de tratamento para grávidas e crianças

CORONAVÍRUS: Ministério da Saúde orienta uso da cloroquina desde o primeiro dia de tratamento para grávidas e crianças

Por Edmilson Pereira - Em 4 anos atrás 528

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (15) uma nova orientação sobre o uso de cloroquina e hidroxicloroquina, estendendo a recomendação para o uso precoce das drogas no tratamento de grávidas e crianças que tenham contraído Covid-19. A ampliação acontece no mesmo dia em que a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, revogou a permissão para o uso de cloroquina no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.

A orientação da pasta traz doses de prescrição desde o primeiro dia de sintomas. No casos das crianças, no entanto, na fase de sintomas leves, o órgão orienta que haja a prescrição apenas se o paciente tiver alguma condição prévia de risco, como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, asma grave. Além de disfunções orgânicas crônicas, cardiopatias, pneumopatia crônica, doença neurológica crônica ou imunodeficiência.

– Seguimos no desejo de nortear uma orientação segura para os profissionais médicos, porque o que assistimos são serviços privados continuarem a prescrição para gestantes, crianças e idosos de forma diversa. Não lançamos a orientação no início pela inúmera responsabilidade. E, no caso das crianças, porque não tínhamos orientações seguras para manejo dessas drogas – afirmou a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, que afirmou que o Ministério levou em consideração pareceres da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O parecer da SBP, no entanto, orienta o uso dessas drogas em crianças apenas em estudos controlados, com anuência formal dos responsáveis. Nesta sexta-feira, em um comunicado, a agência americana FDA também afirmou que “não é mais razoável acreditar que as formulações orais de hidroxicloroquina e de cloroquina possam ter eficácia no tratamento da doença e que seus benefícios superem riscos conhecidos e potenciais”.

Questionada sobre a ampliação do uso de cloroquina no Brasil no mesmo momento em que outros países adotam restrições à droga, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, criticou a agência americana.

– Seguimos tranquilos, serenos, seguros quanto a nossa orientação- afirmou Mayra. – Os trabalhos citados como referência na carta da FDA mostram referências que não podem ser utilizadas nem pelo Brasil e nem pelo mundo. São trabalhos de péssima qualidade.

Fonte: Paraíba Notícia e Yahoo.com.br