Concurso público já: Com 50% dos professores das escolas estaduais contratados como temporários, educadores vinham recebendo salário mínimo como vencimento
Por Edmilson Pereira - Em 1 ano atrás 612
Foi publicação no Diário Oficial do Estado, edição dessa quarta-feira (12) Medida Provisória oficializando a concessão de um reajuste de 80% nos salários dos professores prestadores de serviços – não concursados – das escolas estaduais.
A medida tem validade imediata e com ela terão os salários reajustados os profissionais contratados por excepcional interesse público e aqueles que se encontram nas atividades de coordenação e assessoramento pedagógico.
Não tem como não reconhecer que é o começo para a correção de uma injustiça salarial que vinha sendo patrocinada pelo o governo do Estado há bastante tempo contra os professores contratados.
Quando eu falo de correção de injustiça salarial eu explico. Um professor contratado do Estado recebe atualmente, como vencimento básico, o salário mínimo, que é de 1.320 reais, mais 350 da bolsa desempenho, e 100 reais da bolsa saber, perfazendo um total de 1.770,00.
Com os 80% em cima de 1.320,00, o professor contratado passará a receber 2.376, de vencimento, mais 450 das bolsas desempenho e saber, totalizando 2,826 reais, sem os descontos legais.
Agora, atentem para esses dados. Atualmente o quadro de professores em sala de aula nas escolas estaduais da Paraíba gira em torno de 14 mil mestres.
Desses, 7.000 são prestadores de serviços, e o restante de professores efetivos.
Há, portanto, a necessidade do governo promover um concurso público, urgente, com oferta de vagas em maior número para acabar com as contratações políticas, de favores, temporárias, que ao meu ver, têm reflexo direto, inclusive, na qualidade do ensino nas escolas da rede estadual de ensino.
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