Com um mandado de prisão na Paraíba, PF faz buscas em cinco estados e DF e prende seis suspeitos de financiar atos golpistas
Por Edmilson Pereira - Em 1 ano atrás 383
A Polícia Federal cumpre 16 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva nesta quinta-feira (17) em uma nova fase da operação Lesa Pátria. O foco, mais uma vez, são suspeitos de financiar os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
O influenciador digital e ex-secretário de Comunicação da Prefeitura de Bayeux, Rodrigo Lima, foi preso, em João Pessoa, nesta quinta-feira (17), durante a Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal. Conforme apurou o ClickPB, as ações dos policiais foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Entre os alvos, está Rodrigo Lima.
A PF detalhou que os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
Segundo a PF, há mandados em Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia e no Distrito Federal. As ações foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Até as 7h10, 6 dos 10 alvos de prisão preventiva já tinham sido detidos – 2 em Goiás, 2 em Santa Catarina, 1 na Paraíba e 1 no Paraná. Os nomes dos alvos não tinham sido divulgados.
A TV Globo apurou que um dos presos é o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC). Em redes sociais, ele aparece em fotos ao lado de Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e com placas pedindo “intervenção federal”.
‘Festa da Selma’
De acordo com a Polícia Federal, o grupo alvo dos mandados desta quinta é suspeito de ter fomentado o movimento violento chamado “Festa da Selma” – um codinome usado pelos golpistas para se referir aos atos terroristas.
“O termo ‘Festa da Selma’ utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos”, diz a PF.
“Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, prossegue a descrição dos investigadores.
No dia 15 de janeiro – uma semana após os atos que depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e a sede do STF –, o Fantástico mostrou que os extremistas usavam esse termo “Festa da Selma” em trocas de mensagens em grupos golpistas.
Fonte: Portal G1