Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 4 anos atrás

Requalificação da Orla da Capital – especulação!?

O prefeito eleito e diplomado de João Pessoa, Cícero Lucena, anuncia reordenamento dos quiosques da Orla da Capital – Que manchete daria, hein!

O assunto, é claro, não passa de especulação. Mas, sem dúvidas, seria um ‘gol de placa’, por assim dizer, do prefeito eleito, caso o futuro gestor municipal decida tomar posição ante ao que podemos denominar de ‘desorganização’ quanto à forma de ocupação e a falta de padronização dos quiosques instalados ao longo do calçadão, no trecho entre as praias de Tambaú e Cabo Branco.

O tema já foi tratado aqui, nesta coluna, por várias vezes. Mas vale a pena – penso – trazer a questão à tona mais uma vez face à desordem presente na Orla.

A propósito, a impressão que se tem é que, a cada mês, surge uma nova barraca (quiosque) no calçadão, o que tem formado um paredão ao longo do passeio público. O “interessante” é que, em alguns pontos, os quiosques estão dispostos em ilhas com três unidades. Em outras áreas, têm ilhas com duas unidades e, mais à frente, é possível encontrar barracas isoladas.

Entre as novas construções, têm algumas que mais parecem restaurantes do que quiosques, devido as dimensões e sofisticação da obra. Então, a pergunta que não quer calar: quem autoriza tais edificações em pleno espaço público, em terreno de Marinha?

Cantos & Encantos

A cidade de João Pessoa tem cantos e recantos que encantam. O Centro é dono de uma riqueza arquitetônica ímpar, sem falar nos logradouros, tais como a Praça Rio Branco, o Ponto de Cem Réis, a Praça Antenor Navarro e, claro, o Parque Sólon de Lucena.

Todavia, nada pode competir com o ‘canto da sereia’, ou melhor, com o azul do mar. Isto é, a cidade cresceu em direção ao litoral e, hoje em dia, a Orla da Capital é, de longe, o point da antiga Filipéia de Nossa Senhora das Neves.

Urge uma requalificação do local, um projeto urbanístico para a Orla. É preciso encontrar um esboço que preze pela harmonia entre comércio e paisagem, entre edificações e espaços livres. Enfim, entre obra de pedra e cal e natureza.