por Elison Silva - 7 anos atrás

O sonho e a distante realidade botafoguense na Série C

Foram sete derrotas nos últimos oito jogos. No returno da primeira fase do Grupo A da Série C, já se passaram seis partidas, e apenas uma vitória foi conquistada. Depois de quinze rodadas, o Botafogo-PB é o time que mais perdeu entre os 20 que disputam a terceira divisão – foram oito derrotas -, é quase um turno (9 jogos) sem saber o que é sequer pontuar em uma partida.

Porém, na Maravilha do Contorno, é uníssono – e de certa forma desconexo da realidade – o discurso de que a luta é pela classificação para o mata-mata.

Após a derrota diante do Remo-PA, por 2 a 1, no último fim de semana, só se falou que agora o time precisa vencer os próximos três jogos (Confiança e ASA-AL, no Almeidão, e o líder Sampaio Corrêa-MA, fora de casa) para buscar a vaga na próxima fase. Com o retrospecto de três pontos somados nos últimos vinte e quatro disputados, é difícil ter a certeza de que tal façanha, que ainda precisa contar com outros resultados, aconteça.

O discurso extremamente otimista é visto com desconfiança pelos próprios torcedores, que deixaram bastante a desejar nas últimas exibições do time no estádio Almeidão – por mais que os números digam uma coisa, visualmente a situação é notoriamente diferente -, já que não conseguem relacionar o que é dito dentro do clube com a realidade apresentada em resultados dentro das quatro linhas.

Em um intervalo de seis dias (entre 27 de agosto e 1 de setembro), o Belo vai receber em seu estádio os dois últimos colocados da tabela, Confiança-SE, que soma apenas um ponto a menos que o time da estrela vermelha, e ASA-AL. Duas vitórias fatalmente vão garantir a permanência do clube na terceira divisão. A partir daí, dependendo do que aconteça até lá, pode começar a sonhar a pensar em algo maior, as chances matemáticas ainda existem – atualmente o quarto colocado, o Remo, tem 4 pontos a mais que o Bota-PB -. Mas até que isso aconteça, é bom colocar os pés no chão para não dar um passo maior do que a perna e acabar caindo, seja de maneira figurada ou real.

Élison Silva
Comentarista e editor