por Elison Silva - 9 anos atrás
O Futebol Paraibano Está Sem Rumo
Depois de muitos anos no limbo do cenário interestadual, em 2013 o futebol paraibano foi campeão da Copa do Nordeste, da Série D do Campeonato Brasileiro, além de ter o Treze na Série C, que por pouco não ascendeu à segunda divisão. No ano de 2014, Botafogo-PB e Treze fizeram vergonha no Nordestão, sendo eliminados na primeira fase, o Campeonato Paraibano foi uma bagunça, o Belo, com um elenco caro, passou todas as rodadas na zona de classificação para o mata-mata da terceira divisão, menos a última, sendo eliminado do torneio, e o Galo, também na Terceirona, foi rebaixado para a Série D, onde o Campinense fez campanha pífia e foi eliminado na primeira fase. Já em 2015, o cenário é ainda pior.
Botafogo-PB e Campinense fazem campanhas pífias na Copa do Nordeste. O Belo não conseguiu uma vitória sequer, mesmo com um elenco que, ao menos no papel, não deve a quase ninguém na região. Foi uma derrota para o River-PI sofrendo gol em contra-ataque do veteraníssimo Warley, no Ceará duas vezes com uma postura covarde perdeu de Fortaleza e do Ceará, empatou com o Vozão, desta vez jogando no Almeidão um futebol abaixo da crítica, assim como fez novamente contra o Fortaleza, quando já eliminado, teve uma exibição sofrível em que foram criadas duas chances de gol em mais de 90 minutos.
Esquema de jogo manjado, toque de bola improdutivo, apenas para o lado, setores do campo sem conexão, variação tática praticamente inexistente (a mudança que acontece é: puxa um volante para formar três zagueiros e libera os laterais). Elenco visivelmente desmotivado e sem vontade em campo. São esses os pontos críticos que fazem o time não decolar, apesar de toda pompa. Porém diretoria e comissão técnica insistem em dizer que só “falta o gol”.
Futebol sem gol é o que? E se o problema é tão evidente há mais de um mês, se não conseguem corrigir é uma demonstração clara de incompetência. Ou não é? Além disso, o futebol do sertão vai padecendo aos poucos. Nacional e Esporte de Patos se afastaram, Atlético de Cajazeiras está na zona de rebaixamento e brigou até o fim para não cair em 2014, e o Sousa, que sempre foi uma quarta força no estado, não consegue chegar mais nas cabeças.
O futebol paraibano regrediu nos últimos anos, e o espaço no limbo está lá pronto para voltar a recebê-lo. Justiça seja feita, a nova diretoria da Federação Paraibana de Futebol vem fazendo bem seu trabalho, e surpreendendo muita gente, inclusive a mim.
A exclusão das taxas de arbitragem e da própria FPF era o mínimo que deveria ser feito em um campeonato tão deficitário, mas que ninguém nunca fez. A torcida é que nosso sofrido futebol volte aos trilhos. Aos das glórias, e não ao do amadorismo e da chacota, por onde andou durante muito tempo.